Queimadas no Pantanal de MS já destruíram área 7 vezes maior que a cidade de São Paulo, aponta Ibama
Bombeiros do Paraná reforçam o combate no estado, que já garantiu 3,8 milhões com a União. 1.165 milhão de hectares que viraram cinzas.
As queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul já destruíram 1.165 milhão de hectares de vegetação. Uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo. O estado está em situação de emergência ambiental e a União já garantiu ajuda com R$ 3,8 milhões.
O fogo continua em diversos pontos do bioma. Somente na terça-feira (15), em Corumbá e Ladário, o Corpo de Bombeiros e o PrevFogo combateram incêndios em uma região de morraria perto da área de preservação da Baía Negra e também na região conhecida como Codrasa.
Nestes dois pontos, que ficam perto da área urbana, o fogo foi controlado. Mas há queimadas nas regiões rurais mais afastadas da cidade. Nestes locais a situação é mais crítica porque as chamas se alastram mais rapidamente e ficam em área de difícil acesso. Em alguns só se chega de avião, mas a fumaça dos incêndios têm impedido os voos.
Foi o que aconteceu na segunda-feira (14), na operação Maitáá, deflagrada pela Polícia Federal para cumprir mandados de busca e apreensão sobre queimadas no Pantanal que teriam começado em fazendas. Os policiais foram de barco até as fazendas alvos porque as condições aéreas não permitia o uso de aeronaves.
Para ajudar a combater os incêndios no Pantanal Sul e ainda no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, 32 bombeiros do Paraná chegaram ao estado. Eles vão para as duas frente de trabalho nesta quarta-feira (15). O reforço já integra as ações da situação emergencial.
O Parque Estadual das Nascentes do Taquari fica na divisa com o Mato Grosso e Goiás, em Costa Rica e Alcinópolis. É o início do Pantanal em Mato Grosso do Sul e também tem pontos de cerrado. Lá o fogo começou no primeiro fim de semana de setembro e, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de onde o Ibama retira dados, já foram queimados na região 15 mil hectares, o que equivale a 49% da área de preservação.
“É bem crítica a situação do nosso estado”, resumiu o coordenador-geral de Defesa Civil em Mato Grosso do Sul, Fábio Catarinelli.