Tecnologia e acessibilidade garantem autonomia e inclusão para pessoas com deficiência no Bioparque

Buscando ser referência em acessibilidade, o Bioparque Pantanal conta com tecnologia assistiva para atender pessoas com deficiência e dar a elas autonomia durante a visita. Com o projeto “Bioparque para todos, iguais na diferença”, o complexo tem com um dos pilares a inclusão, buscando oferecer uma experiência única com acesso a informação e conhecimento em todos os espaços.

Profissionais capacitados estão prontos para atender todos os públicos, pois passaram por protocolos de atendimento acessível, propiciando não só o recebimento dos visitantes, mas o acolhimento deles no empreendimento. Logo na entrada do complexo, o balcão de acessibilidade está à disposição do visitante com cadeiras de rodas, material em braile, tablets e fones de ouvido. O local também conta com professor intérprete de libras.

Vídeos explicativos de todos os tanques em libras podem ser vistos em tablets

Surdos e pessoas com déficit auditivo, por exemplo, podem utilizar os tablets, esses materiais contém vídeos explicativos de todos os tanques em libras. Já pessoas cegas ou de baixa visão podem utilizar o material com fone de ouvido para ouvir o audiodescrição com informações de tanques, cenografias e espécies dos aquários.

Os tablets e os fones de ouvido foram doados pela Receita Federal após apreensão e estão sendo essenciais no atendimento ao público. Para o delegado da Delegacia da Receita Federal em Campo Grande, Clovis Ribeiro Cintra Neto, mercadorias apreendidas, que entraram de forma clandestina no território nacional ficam a disposição para que possam ser destinadas tanto a órgãos públicos quanto a entidades sem fins lucrativos. “Atendendo um pedido do Bioparque, tablets foram destinados visando favorecer e facilitar a acessibilidade daquelas pessoas com deficiência”, destacou.

Além de dispositivos tecnológicos, o local dispõe de elevador que dá acesso a todos os pavimentos, corrimãos e identificação dos tanques em braile e experiência tátil para cegos. Neste último, o visitante pode tocar os animais taxidermizados e entender o formato de cada espécie, por meio de uma luva.

Surda, Flávia Martinez Ortiz já conheceu o complexo de água doce e, além de se encantar com as belezas, elogiou a acessibilidade do local. “Esse ambiente ao meu ver já está no caminho certo, tem muitos materiais que auxiliam nessa questão da acessibilidade. Em outros locais isso é muito difícil, não são todos os lugares que são acessíveis a um cadeirante, a um cego, principalmente na questão da linguística do surdo”, explicou Flávia que atua como professora de libras.

Pais de autistas enfrentam muita dificuldade em relação a falta de acessibilidade, mas encontram no Bioparque o acolhimento e atenção de profissionais treinados. Todos os condutores passaram por capacitações e estão aptos ao atendimento, seja em grupo ou individualizado.

A professora Priscila Tavares é mãe do pequeno Davi, de 7 anos, autista. Os dois conheceram o Bioparque com um grupo de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Eu achei sensacional desde a recepção, como o decorrer do passeio nos aquários. A condutora é preparada e simpática com as crianças. Foi um dia bem bacana”, relatou Priscila que ainda destacou que o maior medo de uma mãe de autista é a criança ter uma crise num ambiente diferente.

“Achei sensacional o passeio”, diz Priscila, mãe de Davi

Para a diretora-geral do complexo e também idealizadora do projeto “Bioparque para todos, iguais na diferença”, Maria Fernanda Balestieri, é enorme a satisfação de poder contribuir com uma pauta de extrema importância.

“Acreditamos que experiência e conhecimento é um direito de todos, e por essa razão a inclusão integra os pilares que sustentam as ações e projetos no Bioparque. Por meio do projeto pensamos nos detalhes para não apenas receber nossos visitantes, mas acolhê-los em suas necessidades e singularidades, por meio de um espaço inclusivo, acessível, educativo, tecnológico e humanizado. Nosso espaço entra, assim, no roteiro de visita desses, que muitas vezes se deparam com barreiras arquitetônicas e, principalmente, atitudinais”, detalhou.

Maria Fernanda ainda ressaltou que o projeto está alinhado as estratégias do plano de governo que busca um Mato Grosso do Sul prospero, inclusivo, verde e digital; e que a inclusão social e a acessibilidade são pautas que o governador pediu especial atenção no empreendimento.

Cotas

Em relação as vagas por meio de cota, 10% são destinadas a visitas de idosos e pessoas com deficiência. A porcentagem é de 5% para cada grupo que tem direito a filas prioritárias. O cadastro pode ser feito no local, de segunda a sábado e mediante apresentação de documentos pessoais.

Rosana Lemes, Bioparque Pantanal
Fotos: Eduardo Coutinho

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