Santos ainda oscila, mas mostra nova cara e que não precisa sofrer tanto

Peixe vence concorrente direto na luta contra o rebaixamento e volta a dar esperanças

O desempenho do Santos nas derrotas para o América-MG e para o Cruzeiro tinham deixado até o mais otimista santista desanimado. A esperança de que será possível evitar o primeiro rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro tinha diminuído muito. A vitória de virada sobre o Bahia, concorrente direto na luta contra a queda, voltou a aumentar a expectativa do torcedor – e com razão.

Sob o comando do interino Marcelo Fernandes, que assumiu a vaga do demitido Diego Aguirre, o Santos começou o jogo na Fonte Nova como poucas vezes desempenhou neste Campeonato Brasileiro. Em três minutos, já tinha criado três chances de perigo.

Festa dos jogadores do Santos após vitória contra o Bahia — Foto: Jhony Pinho/AGIF

Marcelo Fernandes teve pouco tempo para trabalhar. O principal mérito do treinador interino, portanto, foi organizar minimamente a equipe titular, mudar o esquema tático e certamente passar confiança para os jogadores. Mas já foi o suficiente para que o Santos entrasse em campo contra o Bahia com uma postura muito diferente do que vinha entrando nas rodadas anteriores.

A reação teve momentos de sufoco. Apesar da virada, o Santos sofreu no segundo tempo para marcar o Bahia. O gol que sofreu, inclusive, teve um momento de total desatenção de todos os jogadores do lado esquerdo santista.

Os meio-campistas e atacantes tentaram pressionar a saída de bola do Bahia, sem sucesso. A zaga, então, ficou exposta e não conseguiu parar o ataque adversário. Lances como este podem custar resultados, como quase custaram na Fonte Nova.

Independentemente dos vacilos defensivos, o Santos mostrou que ainda pode se salvar no Campeonato Brasileiro, mas não pode se dar ao luxo de oscilar tanto de uma partida para a outra.

A próxima “final” é contra o Vasco, outro concorrente direto na luta contra o rebaixamento, na Vila Belmiro. O Santos, agora, tem 24 pontos, contra 25 do próprio Bahia e 20 do próximo rival, que tem dois jogos a menos, por enquanto.

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