Petrobras interrompe venda da UFN3

Fábrica está localizada em Três Lagoas e terá capacidade para produzir 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia

A venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) foi interrompida, de acordo com anúncio da Petrobras feito na noite desta terça-feira (24).

Anteriormente, empresas competiam a compra da fábrica, mas, o processo competitivo foi paralisado mais uma vez. O motivo da interrupção da venda não foi divulgado.

Em nota, a Petrobras afirmou que “avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027 vigente, e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio”.

Em entrevista à rádio Blink, na manhã desta segunda-feira (23), o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), disse que discutirá investimentos relacionados a UFN3, em reunião com Lula e outros governadores, na próxima sexta-feira (27).

A reportagem do Correio do Estado aguarda resposta da assessoria de imprensa do governo do Estado sobre a posição que Riedel irá adotar a respeito da decisão da Petrobras.

UFN3

A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) é uma fábrica localizada em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.

A construção da UFN3 teve início em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com 81% de conclusão das obras. O orçamento inicial da obra estava estimado em R$ 3,9 bilhões.

Quando estiver concluída, a fábrica terá capacidade para produzir 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia.

O empreendimento será estratégico para ajudar a suprir a demanda por fertilizantes no País e principalmente para trazer desenvolvimento para o Estado.

De acordo com o secretário de estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), Jaime Verruck, a UFN3 representaria um adicional de, praticamente, 20% do total da produção de nitrogenados, amônia e CO2 do País.

Em 2022, a empresa russa Akron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação do governo do Estado.

Correio do Estado – NAIARA CAMARGO

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