“Nesse ano perdemos a força do grupo”

Lateral-esquerdo classifica atuação rubro-negra como “política” e fala em “obedecer tudo para fazer o Flamengo voltar a ser Flamengo”

m dos cinco jogadores que estão no clube desde 2019 e profundo conhecedor desse atual Flamengo, Filipe Luís foi o mais transparente possível após o time vencer o Grêmio por 1 a 0 e emplacar sua segunda final consecutiva de Copa do Brasil. Admitiu que o clima é tenso e pediu mobilização por união dentro do Ninho do Urubu.

Convidado a dar um significado ao abraço coletivo no gol de Arrascaeta, com direito a tapinhas na careca de Jorge Sampaoli, Filipe encarou como resposta positiva de um elenco a um momento em que a unidade foi perdida. Sem minimizar diferenças, falou que o Flamengo perdeu a força do grupo em 2023 e prometeu empenho em conjunto para melhorar uma relação com a arquibancada.

– Significa o seguinte: esse grupo é bom. Esse grupo tem uma força que já demonstrou em outras vezes. É um grupo muito forte, e nesse ano perdemos a força do grupo. Nós mesmos conversamos no vestiário que temos de voltar. A grande força desse time é o elenco que tem. Muitas vezes quem vai ganhar o jogo não são os 11 que vão começar, vão ser os caras que vão jogar cinco minutos no fim do jogo, vai ser o cara que entrar no último minuto para bater o pênalti.

– Temos que voltar a ter a força do grupo, essa união que o grupo precisa ter para conquistar. E aí sim vamos conquistar a torcida para o nosso lado. No momento, está tudo separado, mas nós vamos conseguir trazer a torcida pro nosso lado – afirmou o ídolo.

Líder dentro do atual elenco e uma das vozes que conversou com o grupo após a briga entre Gerson e Varela, o atleta de 38 anos destacou o quão agitado é o dia a dia rubro-negro, principalmente nos momentos de crise.

– Importantíssimo (o resultado). É muito difícil jogar no Flamengo, quem vem para cá não sabe a dificuldade que é fazer história nesse clube. É muito difícil. Então cada vitória que se consegue tem de ser valorizada. Aqui é muito difícil se de ter estabilidade. A pressão é muito grande no externo, muitas coisas acontecem, e obviamente afeta lá dentro.

– Hoje o time fez um jogo sólido, digamos assim um jogo político. Controlamos bem o resultado e conseguimos fazer o gol. Não foi nosso melhor jogo, mas também não é nossa melhor fase. Penso que só tem um caminho: o do trabalho. Trabalhar com muita humildade, não falar nada, obedecer tudo que tiver que obedecer para poder fazer o Flamengo voltar a ser Flamengo.

Em campo, o camisa 16 foi o líder no quesito passes dentro do jogo, com 52 no total e apenas três errados (teve aproveitamento de 94% no quesito, o mesmo de Gerson, com 37 certos em 39 tentados).

 

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