Diretor do Corinthians explica Willian e outros reforços em meio à crise

Wesley Melo fala de mercado, admite dívida “sufocante” e afirma: “Clube não vai quebrar”

“De onde sai o dinheiro?”.

Nas últimas semanas, essa deixou de ser uma preocupação apenas do torcedor do Corinthians e passou a uma discussão geral a respeito das contratações e finanças do clube. Uma robusta janela de transferências, com quatro grandes reforços, chamou a atenção.

Para entender como as chegadas de Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e Willian foram possíveis mesmo com o Timão admitindo enfrentar dificuldades financeiras.

Em cerca de 30 minutos de conversa, Wesley traçou os planos para o futuro do clube, teceu uma detalhada explicação sobre o constante déficit do clube social e analisou a dívida, hoje na casa dos R$ 970 milhões, com mais de R$ 500 milhões delas de curto prazo (a serem pagas em 12 meses).

Afinal, de onde sai o dinheiro?

– Não tem milagre. Eu realmente tive que justificar muito nos últimos dias. É reflexo de planejamento. Planejávamos uma redução significativa e, principalmente, no futebol, onde está a relevância de dinheiro. No primeiro semestre, fizemos muita economia. E agora no segundo as contratações. Uma, duas, três, pontuais… O momento chegou. É resultado do planejamento. Tudo dentro do orçamento. Do planejamento estratégico. O momento segue delicado, não podemos iludir o torcedor. Mas precisávamos ser competitivos. São investimentos. Chegam reforços com a chance pequena de erro. É uma unanimidade. Não tem mágica, tem planejamento.

De acordo com Wesley, a folha salarial baixou de R$ 14 milhões após a saída de vários jogadores (Boselli, Otero, Casares, Jemerson e Ramiro) e hoje está entre R$ 10 e 11 milhões mesmo com as chegadas dos três primeiros grandes reforços: Roger, Renato Augusto e Giuliano. Agora, o clube negocia um patrocínio para ajudar a pagar o salário de Willian.

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