Com Gabriel Jesus a salvo, Richarlison mantém a ponta para vestir a 9 da Seleção

Pombo tem melhor média de gols entre todos concorrentes desde que estreou pelo Brasil, mas Tite e comissão têm em atacante do Arsenal nome de força para disputar posição, mesmo ausente na França

“Na Seleção, eu meto gol mesmo”, disse Richarlison, sorridente, na saída do jogo da Seleção depois de dois gols e dos elogios de Tite. O técnico havia sido questionado sobre a contribuição defensiva do Pombo e deixou claro que ele é o 9 da Seleção porque “ele cheira a gol”.

Com direito a fungada para as câmeras e tudo. A referência de Tite tem argumento nos números do jogador do Tottenham. Desde que estreou pela seleção brasileira – por coincidência, após corte de Pedro, então jogador do Fluminense -, o Pombo tem a melhor média de gol por minuto em campo em relação aos principais concorrentes.

Richarlison faz um gol a cada 120 minutos. É um breve resumo do seu desempenho nos quatro anos em que veste a camisa da Seleção. No atual ciclo para o Catar, somente Neymar fez mais gols. Nos últimos seis jogos, marcou seis vezes. Depois da partida, como um candidato em tempo de eleições, pediu mais confiança no seu futebol ao povo brasileiro.

O desempenho deixa o Pombo na boa no momento em que a concorrência se acirra no ataque de Tite. Richarlison garante seu lugar cativo entre os 11 numa convocação em que Gabriel Jesus ficou de fora. A comissão técnica tranquilizou o atacante do Arsenal, como o jogador deixou no ar em entrevista para a ESPN na última semana.

A equipe de Tite teve contato com o jogador. O técnico não gosta de garantir vaga a ninguém, mas a mensagem foi positiva para o jogador que vive ótima fase na retomada em novo clube na Inglaterra. Era a última oportunidade para avaliações de Tite e Jesus, que chegou à Seleção junto com o treinador em 2016, digamos que não precisa provar mais nada ao técnico – para ficar velho clichê futebolístico.

Contra a Tunísia, dois outros candidatos a uma vaga num ataque que pode representar 34% da lista de 26 convocados – caso Tite repita a distribuição de nove jogadores no chamado final de 7 de novembro. Antes, o treinador manda para a Fifa 55 nomes de convocáveis para o Mundial.

Mas depois de alguns minutos para Matheus Cunha – e um desempenho que não foi bom, apesar de toda a vontade do atacante do Atlético de Madrid – contra Gana, chegou a vez de ver Pedro em campo. Nos treinos em Le Havre, os dois se revezavam como último homem de ataque.

Já Roberto Firmino espelhava a função de Neymar entre os reservas e também deve ganhar chance para voltar a jogar pela seleção brasileira. Ele não joga pelo Brasil desde a final da Copa América, dia 11 de julho do ano passado, no Maracanã – quando a Argentina venceu por 1 a 0.

Na próxima terça-feira, o Brasil faz o último amistoso antes da Copa. Será contra a Tunísia, outra seleção africana que estará no Mundial do Catar. O jogo será no estádio do PSG, no Parque dos Príncipes, às 15h30 – horário brasileiro.

A estreia da Seleção na Copa do Mundo será em 24 de novembro, contra a Sérvia. O Grupo G ainda conta com Suíça e Camarões.

Veja os números dos centroavante desde a estreia do Richarlison, em 2018:

Richarlison:

  • 37 jogos (23 vezes titular, 14 vezes reserva)
  • 2276 minutos em campo
  • 16 gols
  • 3 assistências
  • Uma participação em gol a cada 120 minutos

Gabriel Jesus:

  • 34 jogos (23 vezes titular, 11 vezes reserva)
  • 2162 minutos em campo
  • 9 gols
  • 6 assistências
  • Uma participação em gol a cada 144 minutos

Roberto Firmino:

  • 30 jogos (24 vezes titular, 6 vezes reserva)
  • 2.090 minutos em campo
  • 10 gol
  • 4 assistência
  • Uma participação em gol a cada 149 minutos

Matheus Cunha:

  • 8 jogos (3 vezes titular, 5 vezes reserva)
  • 369 minutos em campo
  • 0 gol
  •  0 assistência

Pedro:

  • 1 jogos (1 vez reserva)
  • 22 minutos em campo
  • 0 gol
  • 0 assistência

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