Obras da usina de etanol em Maracaju avançam e operações devem começar até o final de 2023

As obras da Neomille, usina de etanol de milho em construção no município de Maracaju, avançam conforme o cronograma apresentado ao Governo do Estado e a nova planta industrial, com investimento de R$ 1 bilhão, será inaugurada e entra em operação até o final do ano. A informação foi dada nesta terça-feira (8) ao secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) pelo diretor de Novos Negócios e Planejamento Estratégico do Grupo CerradinhoBio, Renato Henrique Pretti.

A usina está sendo instalada às margens da rodovia MS-157 em uma área de 115 hectares, em Maracaju. A meta de processamento anual é de 1,2 milhão de toneladas de milho ao final de todo o processo de implantação da usina, com a produção de 510 mil metros cúbicos/ano de etanol, além de subprodutos como o DDG, ou farelo de milho (310 mil toneladas/ano), que vai gerar 100 gigawatts de energia e produzir óleo de milho (22 mil metros cúbicos/ano).

A nova indústria em Maracaju vai gerar 150 empregos diretos e cerca de 500 indiretos com os serviços terceirizados. No período de obras, devem ser gerados 2 mil empregos na construção civil. “As obras avançam conforme o cronograma. A indústria começa a receber milho a partir de julho e, até o fim de 2023, será inaugurada e inicia suas operações. Conforme o termo de acordo firmado entre o Governo de Mato Grosso do Sul e a Neomille, a administração pública estadual ainda vai realizar a obra do trevo de acesso até a indústria, com recursos do Pró-Desenvolve, administrado pela Semadesc”, informou o secretário Jaime Verruck.

Obras da usina de etanol em Maracaju

A Neomille é um empreendimento da CerradinhoBio, maior complexo produtor de bioenergia da América Latina, com unidades industriais em Chapadão do Céu (GO). “O etanol de milho agrega valor ao grão e proporciona maior rendimento ao produtor. Hoje, Mato Grosso do Sul ainda exporta milho para outros países e outros Estados. A ideia é que ampliemos a demanda interna da nossa safra do grão e que tenhamos novos subprodutos para outras cadeias produtivas”, comenta o secretário.

De acordo com o titular da Semadesc, “a cada 1 tonelada de milho será produzido cerca de 420 litros de etanol (o mesmo vendido nos postos de combustíveis). Além disso, teremos como subproduto o DDG, que é o farelo de milho, de alto valor proteico e deverá ser utilizado na criação de bovinos em confinamento e também na produção de ração para suínos e aves”.

O empreendimento da CerradinhoBio, chamado Projeto Greenfield, segue padrões internacionais de sustentabilidade e deve zerar suas emissões de carbono. “Ele está alinhado com o MS Carbono Neutro e foi concebido para provocar o menor impacto ambiental possível”, finaliza Jaime Verruck.

Marcelo Armôa, Semadesc
Fotos: Divulgação/Grupo Cerradinho

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