‘Novo traçado da Ferroeste vai economizar R$ 700 milhões, criar empregos e aumentar a produção’, afirma Eduardo Riedel
Resultado da parceria entre MS e Paraná, estudo reduzirá malha ferroviária em quase 100 km
Resultado da parceria entre os governos de Mato Grosso do Sul e Paraná, o estudo preliminar sobre o novo traçado para construção da Nova Ferroeste garante uma economia de R$ 700 milhões, já que se reduziu a previsão da malha (ferroviária) de 1.370 km para 1.285 km. “Assim torna o projeto mais viável e moderno para concessão e investimentos da iniciativa privada”, afirmou o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
Segundo o secretário, a nova ferrovia vai gerar empregos e aumentar a atividade produtiva do Estado. “Vai trazer redução de custo para toda região, sendo um eixo logístico importante para o Estado, que vai movimentar a economia local e o setor produtivo”.
A nova Ferroeste vai ligar a cidade de Maracaju até o Porto de Paranaguá, sendo um projeto que pretende revolucionar o setor de transportes e logística de Mato Grosso do Sul, reduzindo em até 32% os custos do transporte na produção do Estado, com a utilização da nova malha ferroviária.
O projeto está sendo construído pelos dois governos e deve ser concluído até novembro deste ano, para que depois haja a concessão à iniciativa privada. A expectativa é levar a proposta em leilão na B3, e assim escolher a empresa que vai assumir a construção e administração da ferrovia.
“Trata-se de um projeto que vai revolucionar o Centro-Oeste, Paraná, Paraguai, Bolívia, e toda nossa região, nos dando mais competitividade, reduzindo custos e melhorando as condições de transporte. A nova ferrovia vai fortalecer a economia dos dois estados e fazer uma revolução na logística”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
Novo traçado
O estudo que definiu o novo traçado para Ferroeste prevê um percurso de 1.285 km de malha ferroviária, tendo uma abrangência em 49 municípios dos dois estados (Mato Grosso do Sul e Paraná). Comparado a proposta anterior, ele vai passar por apenas uma comunidade quilombola ao invés de três, assim reduzir (travessia) de sete para cinco (comunidades) indígenas. A economia prevista é de R$ 700 milhões.
“Isto facilita e dá agilidade ao desenvolvimento dos trabalhos, com foco no desenvolvimento sustentável, sempre em harmonia com a questão socioambiental. Com a nova Ferroeste a participação do modal no Porto de Paranaguá vai subir de 20% para 61%, praticamente uma inversão da matriz logística”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes.
O traçado vai passar por cidades importantes de Mato Grosso do Sul como Maracaju, Amambaí, Dourados, Caarapó, Mundo Novo e municípios do Paraná, entre eles Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Balsa Nova. O projeto em conjunto entre os dois estados vai ganhar destaque e viabilidade em nível nacional.
Fagundes destacou que Mato Grosso do Sul vai ser um dos grandes beneficiados com o novo traçado e projeto, já que por estar mais distante do Porto de Paranaguá, a redução de custo logístico ao Estado chegará a 32%, enquanto que Paraná 23%. “Assim o empresário vai investir mais, gerar mais empregos e o ambiente de negócio ficará mais favorável”.
O traçado terá influência direta em 425 municípios nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A expectativa é que os estudos de viabilidade fiquem prontos em setembro e sobre o impacto ambiental já em novembro.
“A empresa que assumir (projeto) vai operar a malha de Guarapuava até Cascavel e construir a malha de Cascavel até Maracaju. Todo investimento será privado”, destacou o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.