No Dia da Indústria, setor mostra que tem feito a diferença no combate à Covid-19
Desde o surgimento dos primeiros casos do novo coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso do Sul, o Sistema Fiems, composto pelo Sesi, Senai e IEL, mobilizou-se para combater a contaminação da doença e também para facilitar as ações que diversas indústrias já adotaram e estimular a participação de outras nesse sentido. No Dia da Indústria, celebrado nesta segunda-feira (25/05), a Fiems demonstra que tem feito a diferença na luta contra essa doença mortal, contribuindo com a conexão entre Governo do Estado, prefeituras, indústrias, trabalhadores e população em geral para que todos possam colaborar e atender a demanda gerada pela pandemia mundial no território sul-mato-grossense.
As doações são todas colocados à disposição da administração pública estadual e municipal, que conhecem as necessidades da rede pública de saúde e faz a alocação das contribuições de acordo com as carências de cada área. Com essa união de esforços, essa verdadeira “indústria do bem” está contribuindo para amenizar os malefícios causados pela Covid-19 em Mato Grosso do Sul, beneficiando milhares de pessoas nos 79 municípios e, principalmente, salvando vidas preciosas.
Infelizmente, a cada dia um número crescente de pessoas no Estado são diagnosticadas com a Covid-19 e essas ações, que vão desde parcerias e doações ao SUS até a disponibilização de logística privada para entregar itens básicos aos locais mais afetados pela pandemia, estão amenizando as mazelas de muitas pessoas. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressalta a importância dessas ações que contribuam no combate à pandemia do novo coronavírus.
“Neste momento, nós temos de nos mobilizar em todas as frentes no que for possível fazer através do Sesi, Senai, IEL e também por nós empresários e pela própria Fiems. É importante e estamos trabalhando incansavelmente para que cada um possa colaborar. Entendo que é um avanço qualquer ação hoje das nossas equipes para a ajuda nesse momento difícil”, pontuou Sérgio Longen.
Segundo o líder empresarial, este é o momento de a indústria colocar suas capacidades à disposição para ajudar no combate à Covid-19. “O Sistema Fiems e as indústrias estão dando uma resposta a essa crise. Entendo que esse é o momento de não medirmos esforços para encontrar soluções para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus”, afirmou, citando a criação do “Canal da Indústria”, uma plataforma que reúne notícias e ações da indústria de Mato Grosso do Sul para combater a Covid-19, além de conteúdos como vídeos, dicas e e-books disponíveis para download.
O canal disponibiliza também um serviço de informações gratuito via WhatsApp para que, mesmo no período de distanciamento social recomendado pelo Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial da Saúde), Sesi, Senai e IEL possam manter o suporte à indústria do Estado, seus colaboradores e familiares. A plataforma foi pensada para que todos àqueles que, de alguma forma, estão ligados à indústria possam tirar dúvidas e ter acesso a diversos serviços sem sair de casa durante a pandemia da Covid-19.
Ele acrescenta também que o Sesi já doou 10 mil máscaras de tecido para a Santa Casa de Campo Grande e distribuiu outras 15 mil para a população dos bairros Danúbio Azul, Taquaral Bosque, Jardim Colúmbia e Nova Lima. De acordo com o presidente da Fiems, a meta é distribuir 500 mil máscaras de tecido à população de Mato Grosso do Sul. “Também foram doados 150 face Shields, máscaras de proteção do rosto produzidas pelo Sesi, por meio do Fablab e Startup Sesi”, ressaltou.
O Sesi ainda distribuiu para as prefeituras de 17 municípios de Mato Grosso do Sul 18,2 mil litros de álcool 70ºGL que serão utilizados no combate à disseminação da doença nas unidades de saúde e entidades de assistência social de cada cidade. Já o Senai realizou uma série de ações em todo o Estado, como a doação de 150 aventais hospitalares, confeccionados em TNT, para profissionais de saúde de Três Lagoas, bem como 3.500 máscaras de tecido para os órgãos de segurança pública de Dourados e Naviraí.
Além disso, as equipes do Senai de Campo Grande e do Senai Empresa trabalham na manutenção de 70 respiradores hospitalares que estavam estragados e aos poucos reforçam as estruturas de saúde para o atendimento de pacientes com Covid-19. “O Senai já tem uma expertise de mais de 70 anos na área de manutenção e esse é o momento de colocar suas capacidades à disposição para ajudar no combate a essa crise. A instituição está se mobilizando, assim como as outras Casas que integram o Sistema Indústria, para dar uma resposta a essa crise. Entendo que esse é o momento de não medirmos esforços para encontrar soluções para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus”, afirmou.
As indústrias do bem
Em Mato Grosso do Sul, as empresas também têm feito o que podem para ajudar a sociedade no combate à Covid-19. A cervejaria Bamboa, localizada em Campo Grande (MS), envasou gratuitamente, em embalagens PET de 2 litros, 270 mil litros de álcool 70°GL doados pelas indústrias sucroenergéticas do Estado para auxiliar as unidades de saúde.
“Acredito que esse trabalho de união das indústrias é fundamental no apoio ao combate dessa doença. É uma obrigação que temos com o Estado de Mato Grosso do Sul, que nos apoiou e deu incentivos quando decidimos nos instalar aqui, e agora, neste momento em que a população mais precisa, devemos dar a contribuição que podemos”, afirmou o empresário Márcio Mendes, da Bamboa e da Refriko.
Já a indústria do vestuário Corttex, que tem unidade em Três Lagoas (MS), doou 2 mil metros quadrados de TNT (Tecido não tecido) para a produção de 40 mil máscaras faciais. Os cortes do tecido foram realizados pelas equipes do Senai de Campo Grande e encaminhados para a unidade 2 do Programa Rede Solidária, localizada no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS), para, depois, as máscaras serem distribuídas para a comunidade da região.
Na avaliação do empresário Roberto Faé, da Corttex, as doações são uma forma de ajudar o Estado e a população num momento de crise como este que o mundo todo enfrenta. “Sabemos da gravidade da situação e acredito que os empresários precisam unir forças para ajudar os mais necessitados. Nesse momento, a solidariedade deve vir primeiro, para que juntos consigamos sair dessa crise o mais rápido possível e com o menor número de perdas”, afirmou.
A Eldorado Brasil Celulose, de Três Lagoas (MS), entregou, para 11 municípios de Mato Grosso do Sul, 70 mil itens de proteção individual, higiene e alimentos. Os itens incluem EPIs (equipamentos de proteção individual), produtos de higiene e limpeza e cestas básicas, sendo 34 mil pares luvas descartáveis, 34 mil máscaras descartáveis, 29 mil pares de sapatilhas descartáveis, 2.975 litros de álcool gel 70%, 170 termômetros a laser, 220 litros água sanitária, 165 cestas básicas e 11 tablets.
“A Eldorado ouviu previamente as instituições para identificar as principais necessidades de cada uma, buscando auxiliar de forma efetiva no combate à doença A empresa se preocupa e tem a responsabilidade de contribuir para a proteção da saúde das pessoas, especialmente nos locais em que opera”, completou o gerente de sustentabilidade da Eldorado Brasil, Fábio de Paula.
Já a Suzano doou 43,2 mil litros de álcool 70ºGL para a Secretaria Estadual de Saúde distribuir entre os cinco municípios da região leste, além de 15 respiradores e 80 mil máscaras hospitalares N95, que foram importados da China para Mato Grosso do Sul. Os respiradores atenderão as redes de saúde da Capital do Estado, onde a pandemia afeta um grande número de pessoas, e o município de Três Lagoas, que é referência no atendimento à saúde para 10 municípios da Costa Leste.
As máscaras serão destinadas a esses mesmos municípios, além de Água Clara, Aparecida do Taboado, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita, Selvíria e Campo Grande. “Estamos enfrentando uma situação inédita como sociedade moderna e sabemos que a disponibilidade de respiradores e equipamentos de proteção é fundamental para salvar a vida de milhares de brasileiros. Por isso, devemos unir forças para vencer essa batalha contra a Covid-19”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.