Brasil afina variação mais ofensiva da era Tite

Equipe finaliza 20 vezes e sofre muito pouco contra Gana, nos 3 a 0 em Le Havre. Recuado, mas nem tanto, Lucas Paquetá é quem mais desarma e comete faltas pela seleção brasileira

Tite já foi chamado de “empatite”, muitas vezes é rotulado como conservador e, por alguns, também de retranqueiro. Em fase mais descontraída às vésperas da segunda Copa do Mundo na carreira, o técnico dispensa rótulos, mas não deixa de reforçar seu mantra no futebol: equilíbrio.

Esta é a palavra que o treinador mais usou nos últimos dias desde que abriu os treinos na França com formação que pode ser considerada a mais ofensiva nos seus mais de seis anos de seleção brasileira. Ele queria avaliar a alternativa com time mais criativo, mais leve e também poderoso no ataque sem que sua equipe se tornasse vulnerável defensivamente.

Para isso, a formação com Vini Jr. pela esquerda, Raphinha pela direita e Neymar, Richarlison e Lucas Paquetá pelo meio ia precisar de adaptações. Como disse Neymar, do sacrifício de todos. E Paquetá foi a imagem do equilíbrio contra Gana. Ele foi quem mais desarmou e cometeu faltas pela Seleção – quatro em cada índice.

Com sistema bem definido no ataque, a Seleção não foi estática em campo. Neymar, jogador com maior liberdade tática na Seleção, caiu na esquerda em alguns momentos para trabalhar jogadas com Vini Jr. e Paquetá fez ótimas tramas pela direita – como na primeira finalização da partida de Richarlison, em bola recuada pelo novo meia do West Ham.

Foram 17 dribles na partida da Seleção. Foi uma equipe que divertiu a torcida, um tanto quanto fria na noite chuvosa de Le Havre. Do estádio, o que mais se ouviam eram crianças gritando por Neymar e ensaiando “Brésil, Brésil, Brésil”.

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