Milho retoma negócios na B3 com volatilidade nesta 2ª feira; CBOT sobe
Nesta segunda-feira (12), o mercado de milho na B3 opera em campo misto. Observado de um lado as perdas na produção brasileira e o dólar em queda neste inicio de semana, o mercado retoma seus negócios depois do feriado da última sexta-feira (9) no estado de São Paulo, sem uma trajetória bem definida, mas ainda em patamares elevados.
Os futuros do cereal, perto de 11h (horário de Brasília), subiam nos contratos julho, setembro e janeiro, com o setembro/21 subindo 0,13% para ser cotado a R$ 97,53 por saca. O novembro, por outro lado, recuava 0,05%, valendo R$ 98,35.
A volatilidade que continua na B3, como explicam os analistas da Agrinvest Commodities, também se dá em função da atenção do mercado ao milho importado. “A queda da CBOT na semana passada derrubou a conta da importação a partir da Argentina. Corretores comentaram que não ouviram sobre mais negócios de milho importado, somente sondagens para embarques mais longos”, afirma o time da Agrinvest.
Assim, permanecem ainda no radar dos traders as relações do milho brasileiro com importado, o balanço da oferta brasileira, o dólar e o movimento das cotações em Chicago.
“Em 1º de julho, a AgRural fez um novo corte em sua estimativa de produção de milho na safrinha 2021, que agora é de 54,6 milhões de toneladas no Centro-Sul e 59,1 milhões de toneladas no Brasil. Na safrinha 2020, a produção foi de 70,5 milhões e 75,1 milhões de toneladas, respectivamente”, informou uma nota da consultoria.
E nesta segunda, os futuros do cereal na CBOT trabalham em campo positivo à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e de olho no clima no Corn Belt.
Assim, perto de 11h, os preços do milho em Chicago subiam de 6,75 e 8 pontos, com o julho valendo US$ 6,36 e o dezembro, US$ 5,24 por bushel.
Veja as expectativas para o novo boletim do USDA que chega hoje às 13h (Brasília):
O final de semana foi de boas chuvas, segundo informa o Grupo Labhoro, e os mapas sinalizam a condição melhor esperada para o Corn Belt nos próximos dias. A exceção ainda se dá para os estados mais a oeste dos Estados Unidos.
“Boas chuvas durante todo o final de semana em todo o país, com exceção para as Dakotas, Nebraska e Minnesota”, relata o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. “O clima seco de acordo, com as previsões, persiste para o lado oeste do corredor pelos próximos 10 dias, com chuvas abaixo do normal e temperaturas acima, o que significa que as áreas áridas ainda irão sofrer por mais um período, e isso deverá repercutir na produtividade da safra americana, que já tem estoques muito apertados para administrar”, completa.