CORUMBÁ: Prefeitura quer ampliar horário dos restaurantes para evitar quebradeira

Um pedido de flexibilização será encaminhado ao Governo do Estado, para que os estabelecimentos possam funcionar até as 22h

Com apoio da Câmara de Vereadores, os empresários do setor de gastronomia de Corumbá vão pedir ao Governo do Estado mudanças no decreto que estabeleceu o novo toque de recolher, propondo maior flexibilização quanto ao horário de fechamento de restaurantes e similares – passando das 20h para as 22h.

Do contrário, alegam, muitos estabelecimentos de grande e pequeno porte vão fechar as portas.

“Não somos contra o isolamento, somos contra as medidas isoladas no nosso setor, sem comprovação científica ou técnica, enquanto vemos aglomerações em casas lotéricas, transporte coletivo, bancos e supermercados”, afirma a empresária Amanda Miguéis, em depoimento na sessão da Câmara de Vereadores, na segunda-feira. “Somos pela preservação da vida, mas estão matando o nosso jantar”, alega.

O movimento tem também o apoio do deputado estadual pela região Evander Vendramini. Para o parlamentar, cada município deveria ter autonomia para tomar medidas relativas à segurança da população para prevenção e controle da Covid-19.

“Enquanto restringimos setores de produção e geração de emprego, as aglomerações continuam”, disse ele, propondo uma revisão no decreto estadual.

Setor penalizado

“Em primeiro lugar está o controle sanitário, mas devemos conciliar saúde com economia para evitarmos o caos social”, acrescentou o deputado, que assinará o documento a ser encaminhado pelos empresários corumbaenses ao governador Reinaldo Azambuja.

O tema monopolizou a sessão de segunda-feira da Câmara Municipal e o segmento obteve o apoio unânime dos vereadores. Para o presidente da Casa de Barão de Vila Maria, Roberto Façanha, o momento da pandemia é preocupante, contudo, defende a adoção de medidas restritivas de forma regionalizadas, conforme a situação de cada município.

“Estamos com 100% dos leitos para covid ocupados, porém cinco doentes são de outras regiões e estamos com 115 pacientes ativos”, disse o vereador. “Vamos encaminhar o pedido de flexibilização ao governador por entender que o setor de alimentação está sendo penalizado, enquanto as aglomerações continuam ocorrendo, principalmente nas festinhas”, ponderou.

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