Corinthians desaponta e vai ter que se virar no Castelão
Empate em casa deixa o Timão sob pressão no jogo mais importante da história do Fortaleza
O Corinthians desanimou a torcida na última terça-feira. Foi recepcionado com uma festa enorme na Neo Química Arena, digna de uma semifinal, mas não correspondeu em campo e empatou em 1 a 1 contra o Fortaleza. Saiu vaiado depois de mais uma atuação sem brilho, e agora precisa se virar no jogo de volta para estar na final da Sul-Americana.
O plano do Timão no jogo nunca ficou claro, e faltou senso de importância. O time nunca conseguiu importar o clima de decisão para dentro de campo. Não houve pressão no início, por isso o adversário jogou à vontade e baixou a temperatura.
Na Arena, Zé Welison abriu o placar em uma cobrança de escanteio, no espaço entre Fábio Santos e Gil. O árbitro primeiro viu uma falta e anulou o lance, mas depois foi chamado pelo VAR e validou. Foi o 13º gol de cabeça que o Corinthians sofreu neste ano, o sétimo sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.
O segundo tempo cheio de faltas e paralisações foi mais um obstáculo para o Corinthians, que não foi capaz de inflamar o jogo. Luxemburgo mexeu duas vezes com Romero e Mosquito, mas o time seguiu lento e sem graça. Ainda assim, o técnico insistiu e abriu mão das outras três substituições.
Nesta Sul-Americana, é a primeira vez que o Corinthians não abre vantagem na primeira perna do mata-mata. Contra Universitario, Newell’s Old Boys e Estudiantes, o Alvinegro sempre saiu de Itaquera com um gol na frente e por isso negociou a volta, aceitando tomar algum sufoco. Desta vez não vai poder fazer isso no Castelão.
O Corinthians tem aproveitamento de 27,3% fora de casa nesta temporada (foram cinco vitórias, oito empates e 15 derrotas). Nas fases anteriores, venceu o Universitario, empatou com o Newell’s e passou do Estudiantes nos pênaltis após seis bolas na trave de Cássio.