Caminhoneiros mantêm mobilização em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso
Maior parte das interdições ocorre na BR-163, principal rota de escoamento da produção do estado
Os caminhoneiros também mantiveram a mobilização em rodovias federais e estaduais que cortam Mato Grosso. Durante a manhã desta quinta-feira, 09, foram registrados pontos de interdição nas BRs 163, 070 e 364, e nas MTs 010, 338 e 170. Os bloqueios são parciais, impedindo a passagem de carretas com cargas não perecíveis. A manifestação é em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Rota do Oeste, concessionária responsável pela BR-163, houve liberação dos dois pontos de interdição que estavam montados em Nova Mutum, nos quilômetros 593 e 601. Nos demais trechos, o protesto continua: Lucas do Rio Verde (km 687), Sorriso (km 745), Sinop (km 821). Também há interdição na BR-364 em Cuiabá (km 396) e na BR-070 em Várzea Grande (km 516).
De acordo com produtores rurais ouvidos pela nossa reportagem, também há registros de bloqueios em São José do Rio Claro (MT-010), Primavera do Leste (BR-070), Tapurah (MT-338) e Brasnorte (MT-070).
Risco de desabastecimento
Diante da preocupação com eventual risco de desabastecimento de combustíveis, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso divulgou nota negando que já ocorra falta de combustíveis no estado. O texto diz que o Sindipetróleo “segue monitorando a situação dos estoques de combustíveis em Mato Grosso” e que “a grande maioria dos postos revendedores não relata falta de produtos”, não sendo possível assim “falar em desabastecimento, já que alguns postos conseguiram receber cargas, mesmo diante dos bloqueios nas rodovias”.
A nota reforça ainda que “alguns revendedores citaram demora na reposição de estoque”, mas que “são mínimos os relatos em que postos encontram dificuldades de abastecer”. O comunicado cita ainda que “em algumas cidades, como Sinop, filas de veículos estão se formando mais por conta do temor de ficar sem produtos”.
O sindicato esclarece também que “as informações dão conta de que o movimento não tem uma única coordenação, ficando difícil saber onde e quando os caminhões-tanques estão passando” e que acredita que, “dada a situação econômica do país, as paralisações dos motoristas dificilmente irão perdurar”.