Botafogo mostra força, equilíbrio e coloca uma mão na taça do Brasileirão
Equipe resiste a bom começo do Palmeiras, é eficiente no ataque e fica a quatro pontos do título
O Botafogo está cada vez mais próximo de vencer o Campeonato Brasileiro de 2024. Especialmente depois da vitória por 3 a 1, gols de Gregore, Savarino e Adryelson sobre o Palmeiras na “final” da última terça-feira no Allianz Parque.
O placar traduz bem o que foi uma partida de excelência dos comandados de Artur Jorge. Quando falamos de esporte de alto nível, quase sempre um ou dois lances podem mudar a história. Esse foi o caso. O jogo, que começou equilibrado, teve alguns pontos chave. Todos eles tenderam para o lado alvinegro.
O primeiro ponto de virada
Empolgado pela liderança recém-conquistada e empurrado pela torcida, o Palmeiras iniciou o jogo tentando se impor dentro do Allianz Parque lotado. Abel apostou em um ataque móvel e rápido para buscar espaços na defesa botafoguense e teve sucesso parcial nos primeiros minutos. Algumas chances, mas sem conseguir colocar no gol.
Mesmo a perda de Bastos, que saiu com uma lesão muscular aos 10, não fez com que a marcação se desajustasse. Especialmente porque Adryelson substituiu o angolano em alto nível, mantendo o desempenho defensivo.
Por outro lado, a equipe de Artur Jorge tentava acelerar quando recuperava a bola, mas levou alguns minutos para conseguir fazer isso de forma eficiente. Mais precisamente 16 minutos. Quando Almada conseguiu o primeiro escanteio, que gerou um segundo e o gol que abriu o placar.
– Não era para eu estar ali, acabei me equivocando na jogada ensaiada, mas fui feliz de estar bem posicionado. Não foi um erro, é que eu pensei que era outra jogada. Acabei sendo feliz no gol – contou Gregore no intervalo.
O acaso a favor
Precisando ao menos do empate, os palmeirenses se lançaram ao ataque. Inicialmente da mesma forma organizada que vinham fazendo nos primeiros minutos. Quase todos os lances eram iniciados por Estêvão, muito bem marcado pela dobra formada por Alex Telles e Alexander Barboza.
A chance da resposta apareceu quatro minutos depois do gol alvinegro. Cobrança de lateral de Marcos Rocha na área, Raphael Veiga ajeitou de cabeça e Rony carimbou a trave direita de John. O Botafogo cozinhava o Palmeiras, que aos poucos foi trocando a organização pela afobação.
Quando foi necessário, John apareceu para intervir com uma grande defesa em cabeçada de Marcos Rocha. O goleiro voltaria a ser personagem mais para frente. Se o Palmeiras foi quem produziu mais no primeiro tempo, o a vitória botafoguense até ali era resultado da eficiência.
Equilíbrio e catimba decisiva
O Alvinegro voltou do intervalo mantendo a receita de sucesso da primeira etapa, enquanto o rival contou com a entrada de Flaco López. Uma busca por aproveitar os muitos cruzamentos infrutíferos que vinham fazendo, mas que teve nenhum impacto na partida.
A equipe usava da catimba para fazer o tempo correr e desconcentrar os palmeirenses, muito irritados com o tempo gasto, especialmente para as reposições do goleiro alvinegro. A cabeça quente virou cartão vermelho quando Marcos Rocha acertou o rosto de Igor Jesus com a bola fora de jogo.
Alta voltagem
Como um boxeador que vê o adversário ficar tonto após um soco, o time de Artur Jorge não deixou o Palmeiras se recuperar do baque da expulsão. Passou a acelerar ainda mais, atacando especialmente a lacuna na lateral direita. Foi assim que saiu o gol que praticamente selou o destino.
Sentindo a fragilidade, Abel Ferreira tirou Veiga para a entrada de Mayke. A mudança deixou o Botafogo ainda mais confortável, dominando o meio-campo e controlando a partida. Adryelson ainda coroou grande atuação ao marcar em uma cabeçada forte após escanteio cobrado por Savarino.
Um chutaço de Richard Ríos da entrada da área, que contou com a interferência de um jogador impedido ignorada por árbitro e VAR, deu números finais ao jogo: 3 a 1. Uma noite em que tudo deu certo para o Glorioso.