Astra é a primeira empresa de lançamentos espaciais a abrir ações na Nasdaq

Especializada em fornecer plataformas de lançamento espaciais para operadoras de satélite de pequeno porte, a Astra fez história nesta quinta-feira (1º). A empresa se tornou a primeira da categoria a abrir suas ações na bolsa eletrônica Nasdaq, movimento possibilitado por meio da fusão com a Holicity, grupo de aquisição de propósito (SPAC) que conta com investimentos de nomes como Bill Gates por meio do fundo de patrocínio Pendrell Corp.

“Estamos honrados pela oportunidade de ter acionistas públicos agora para dar suporte a nossa missão, e acredito que esse é um momento realmente histórico”, afirmou o CEO Chris Kemp ao site Space.com. Avaliada em US$ 2,1 bilhões, a companhia conseguiu levantar aproximadamente US$ 500 milhões, que devem ser usados para financiar seus futuros projetos.

Como parte da abertura das ações, a Astra planeja algumas mudanças em seu quadro de executivos. Craig McCaw, presidente e CEO da Holicity, vai ser juntar à lista de diretores ao lado de Michael Lehmon, que trabalhava como CFO da Sun Microsystems.

Voos comerciais devem começar ainda em 2021

A Astra foi fundada em 2016 e pretende ser uma opção de lançamento espacial flexível e com bom custo-benefício para operadoras de satélite com estrutura limitada. A empresa fez seu primeiro voo bem-sucedido em dezembro de 2020 com o foguete Rocket 3.2 de 12 metros, que acabou esgotando seu combustível segundos antes de atingir a velocidade orbital.

Segundo o Space.com, a companhia trabalhou em alguns ajustes que resultaram no foguete Rocket 3.3, e espera que eles sejam suficientes para compensar as limitações do teste anterior. O plano da organização é realizar um novo lançamento ainda no verão norte-americano (entre julho e setembro), usando seu veículo com procedimento em duas fases, para finalmente atingir a velocidade orbital e realizar uma missão totalmente operacional.

Caso os planos da Astra ocorram conforme o esperado, ela pretende começar suas atividades comerciais ainda no terceiro trimestre de 2021. A meta é realizar ao menos um voo mensal em sua etapa inicial, para em seguida acelerar os trabalhos para um ritmo semanal, e, finalmente, diário, até 2025. A companhia já possui mais de 50 contratos em andamento, que devem movimentar mais de US$ 150 milhões, segundo suas projeções de lançamento.

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