Seleção apresentou um desempenho desesperador
Diniz não é o maior culpado pelo pobre futebol do Brasil, mas tem sua parte de responsabilidade
A seleção brasileira voltou a ser derrotada pelas Eliminatórias após 37 jogos. Também perdeu para o Uruguai depois de 22 anos. Mas, entre as más notícias, essas nem são as piores. Na derrota por 2 a 0 para o selecionado de Marcelo Bielsa, atrás dessas quebras de recordes às avessas, houve um desempenho desesperador, com futebol coletivo insuficiente e individualidades anestesiadas.
Nas primeiras rodadas das Eliminatórias, este naufrágio técnico e tático tem sido recorrente. E, obviamente, isso não deve ser debitado totalmente na conta de Fernando Diniz, de trabalho ainda incipiente. O que não quer dizer que o técnico não tenha significativa responsabilidade, não pelo futebol que a seleção ainda não joga, mas pela inflexibilidade em relação às suas ideias — conhecida, no âmbito popular, como teimosia.