Quarto japonês e comida brasileira: o que espera os atletas em bases do COB nas Olimpíadas
Do tempero brasileiro a pequenos mimos, como mascotes e mensagens de boas vindas. É que o espera nossos atletas em terras japonesas nas oito bases de aclimatação reservadas pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).
– A gente tem uma base para terminar a fase de preparação, ou seja, uma aclimatação de fato no local para a gente se acostumar com o clima, com tudo, com fuso horário, também dependendo dos jogos, e isso é extremamente importante – explica Sebastian Pereira, gerente de alto rendimento do COB e sub-chefe de missão do Time Brasil em Tóquio.
Nas últimas semanas, equipes da embaixada e de consulados brasileiros visitaram as sedes para reforçar esses laços. Hamamatsu, cidade que abriga a maior comunidade brasileira no Japão, com cerca de dez mil pessoas, vai receber as equipes da ginástica artística, judô e tênis de mesa, além do Comitê Paralímpico Brasileiro, após as Olimpíadas.
Das outras sete bases, que ficam em Tóquio ou no entorno da capital, a principal é a de Ota. Lá, nos alojamentos e centros de treinamento, seis modalidades farão a aclimatação. A seleção masculina de vôlei vai treinar em um ginásio todo reformado. Parece até o oficial dos Jogos Olímpicos, tem areia para o vôlei de praia, instalações para o handebol, luta, taekwondo e boxe.
E além dos quartos tradicionais, na base de Ota há a opção de ficar nos quartos em estilo japonês. E precisa seguir a tradição local, tirando os sapatos para poder pisar no tatame. Para dormir, a roupa de cama é o que os japoneses chamam de futton. Agora, as instruções para montar a cama estão em japonês, por enquanto. Os anfitriões já estão quase fluentes.
Representante da prefeitura de Ota, Koichi Umeda diz que a cidade se preparou por dois anos para receber os atletas do Brasil. Com a pandemia e o adiamento, algumas adaptações precisaram ser feitas. Mas eles estão felizes de conseguirem atender às necessidades da delegação.
O time da canoagem slalom é o primeiro da delegação brasileira a chegar no Japão. No próximo dia 6, a Vila Olímpica abre as portas no dia 13 e 70% dos mais de 270 atletas brasileiros passarão por lá.
– Basicamente, nós vamos seguir os mesmos protocolos de uma Vila Olímpica e, principalmente, por conta das exigências que nós estamos sendo obrigados a seguir, por conta das cidades e consequentemente do governo japonês – diz Sebastian Pereira.
Condições especiais, cuidados redobrados mas o mesmo objetivo de sempre. E para ter o melhor resultado possível, sentir-se em casa, mesmo tão longe, já é um enorme passo.