Polícia Civil dá resposta rápida ao assassinato de policiais em Campo Grande
Instituição levou menos de 12 horas para encontrar o acusado dos homicídios
Consternado, o comando da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul reuniu a imprensa nesta quarta-feira (10/6) para explicar a dinâmica do assassinato dos policiais civis Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, e Jorge Silva dos Santos, 50, ocorrido às 17h de ontem (9/6) no cruzamento das ruas Joaquim Murtinho e Bahia, no bairro Itanhagá Park, em Campo Grande.
Os dois servidores eram lotados na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf) e investigavam um roubo à joalheria da Capital quando foram vitimados por Ozeias Silveira de Morais, 44.
Acusado do duplo homicídio contra os policiais, Ozeias era conduzido dentro de viatura descaracterizada da Polícia Civil na condição de testemunha do roubo à joalheria. Ele não usava algemas e não passou por revista pessoal por esse motivo. Entretanto, o homem, que tinha consigo um revólver calibre 38, alvejou os dois policiais na região da nuca e fugiu.
Dentro da viatura também estava Willian Dias Duarte Comerlato, algemado, já que contra ele existia em aberto um mandado de prisão por violência doméstica. Depois do assassinato dos policiais, Willian tentou fugir, mas foi preso momentos depois. Já Ozeias, após o crime, fez uma mulher refém e fugiu dentro do carro dela até a região do Parque de Exposições Laucídio Coelho.
Após intensa investigação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal, Ozeias foi encontrado às 4h30 de hoje em uma casa no bairro Santa Emília. Ao ser abordado, ele abriu fogo contra os agentes da Segurança Pública e acabou sendo neutralizado por três disparos. O homem foi levado à Santa Casa de Campo Grande, em ação de socorro, e morreu no hospital.
Conhecida nacionalmente por dar respostas rápidas a crimes, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul levou menos de 12 horas para encontrar o acusado dos homicídios.
Policiais – Com 50 anos de idade, Jorge Silva dos Santos trabalhava há 18 na Polícia Civil. Ele era casado e não tinha filhos. Já Antônio Marcos Roque da Silva atuava há 14 anos na Instituição, tinha 39 anos de idade e era pai de duas crianças, uma de quatro anos e outra de dois. Na avaliação do delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, os dois policiais tinham conduta exemplar na Instituição.