Pedro diz que “momentos ruins no Flamengo” o deixaram forte para voltar à Seleção
Atacante fala da concorrência no ataque do Brasil e elogia Matheus Cunha e Firmino
Um dos últimos a se apresentar ao técnico Tite, o atacante Pedro concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, após o treino da seleção brasileira em Le Havre, na França. O centroavante, que vive ótima fase no Flamengo, lembrou de momentos difíceis que passou no clube.
De acordo com Pedro, a fase ruim que viveu no Flamengo o fortaleceu mentalmente para conseguir dar a volta por cima na carreira e voltar a ser chamado pela Seleção. O Brasil enfrenta Gana, na sexta-feira, e a Tunísia, dia 27, em amistosos na França.
– Muito feliz por poder voltar à Seleção, acredito que foram momentos de altos e baixos, mas eu sempre tive uma fé dentro de mim que eu poderia volta para cá. Então essa resiliência que eu tive depois dos momentos ruins no Flamengo me fizeram ficar forte pra poder voltar pra Seleção.
– A chegada do Dorival foi muito importante pra mim, ele falou que se eu jogasse eu teria chance de ir para Seleção. E foi muito bom eu ter contato com o Cleber [Xavieri, auxiliar de Tite], ele falando ali com você mesmo sem estar jogando muito, isso acende que tem uma chance para voltar. Eu sempre tive dentro de mim essa chama de voltar pra Seleção
Essa foi a terceira convocação de Pedro para a Seleção. Na primeira, ainda em 2018, quando defendia o Fluminense, clube que o revelou, foi cortado após grave lesão no joelho. Depois, foi chamado no fim de 2021 e atuou por apenas 22 minutos em amistoso contra a Venezuela, quando já defendia o Flamengo.
No treino desta terça, Pedro não participou da atividade tática feita por Tite. Ao lado de Everton Ribeiro e Weverton, fez apenas trabalho regenerativo. O trio, que atua no futebol brasileiro, foi o último a chegar a Le Havre.
Tite ensaiou um ataque para o amistoso desta sexta-feira, contra Gana, com Neymar, Raphinha, Richarlison e Vini Jr.
– Sei da concorrência que existe ali no ataque e isso te motiva a querer mais, estar entre os atacantes selecionados.
– Essa disputa é muito sadia, Richarlison é um companheiro que eu tive no Fluminense também, então a gente sabe dessa concorrência, mas sempre crescendo e evoluindo um com o outro. Richarlison é um jogador que eu admiro muito, um amigo, eu espero que a gente possa ser feliz junto aqui na seleção brasileira.
Em tese, Pedro tem como principais rivais dentro da Seleção por uma vaga na Copa os centroavantes Matheus Cunha, do Atlético de Madrid, e Roberto Firmino, do Liverpool. Sobre Cunha, ambos disputaram juntos o Torneio de Toulon pelo Brasil em 2018. Na ocasião, Pedro começou como titular e perdeu a posição para o colega durante a disputa.
Matheus Cunha e Firmino em treino da Seleção — Foto: CBF / Divulgação
– Matheus Cunha tem uma movimentação muito boa no ataque, tem uma qualidade muito grande, eu acredito que se ele está aqui na Seleção é porque tem muito talento. O Firmino também, tem muita qualidade, eu acredito que é uma honra estar no meio de tantos talentos juntos, então é um momento muito bom e muito importante estar vivenciando isso.
Assim como Antony, que um pouco antes concedeu entrevista e exaltou o privilégio de jogar com Neymar, Pedro foi outro a rasgar elogios ao camisa 10 do Brasil.
– Estar atuando ao lado do Neymar, poder treinar com ele, ver mais perto…É um cara que eu nem preciso falar dele, todo mundo conhece, eu acredito que eu vou poder aprender muito, então é um orgulho muito grande estar podendo treinar com ele.
A Seleção faz nessa data Fifa os últimos dois amistosos antes da Copa do Mundo do Catar. Na sexta-feira, o Brasil encara Gana, às 15h30 (de Brasília), no Estádio Océane. Depois, no mesmo horário na próxima terça-feira, encara a Tunísia, em Paris.