Moradores de Capão Seco veem o progresso chegar com a pavimentação da MS-258
“É o progresso que chegou aqui!”. Essa afirmação é unanime na pequena agrovila Cidade Verde, do distrito de Capão Seco – em Sidrolândia. A vila fica no centro da MS-258, que liga a BR-060 a BR-163. A primeira etapa da pavimentação da rodovia, que corresponde a 28 km, já foram concluídos há três anos e o Governo do Estado investe R$ 27,9 milhões na segunda etapa, para chegar até o distrito de Anhanduí.
O vilarejo existe desde 1950. Em 2015, foi organizado e ganhou o nome de Cidade Verde, conforme conta o fundador Cláudio Moreira, o “Claudio Borracheiro”, de 54 anos. “Quando começamos aqui, eu fui um dos primeiros moradores, montei minha borracharia, e a gente foi organizando e é o que está hoje aqui”, afirmou. Com energia elétrica, água, posto de saúde e com muitos projetos, a pavimentação era esperada pelos moradores há muitos anos. “A gente já esperava há um tempo [a pavimentação] e agora com essa obra que iniciou, a tendência é só melhorar”, afirmou.
Localizada em um importante polo agrícola, a rodovia forma um corredor integrando as duas rodovias federais e, quando estiver pavimentada, reduzirá em aproximadamente 100 km, a viagem de quem escoa pela região. “Vai ajudar muito o transporte da lavoura, diminuindo a volta que os caminhoneiros precisam dar atualmente”, completou Claudio. Com o progresso chegando, a agrovila atrai novos investimentos. É o caso do Roberto da Silva, 43 anos, que abriu uma borracharia no entroncamento da MS-258 com a MS-455, onde está sendo construída uma rotatória.
Segundo Roberto, desde a pavimentação da primeira parte da rodovia, o movimento aumentou consideravelmente e a tendência é crescer ainda mais com a conclusão da segunda etapa. “Só com esse pedaço pronto já passa muita gente por aqui, quando estiver concluído tudo então”, pontuou. Ele mora com a família na vila e garante o sustento com o que ganha na seu estabelecimento.
A doméstica, Nair Pereira de Souza, 43 anos, reside em Campo Grande, mas vai ao distrito com frequência para visitar o pai que mora lá. Ela relembra o transtorno que era visitar o pai e ter que passar pela estrada não pavimentada. “Quando não tinha asfalto aqui, só Jesus na causa, mas agora melhorou bastante”, disse.
Pecuarista, Pedro Medeiros, de 55 anos, mora há 18 anos no assentamento Jiboia. A rodovia passa em frente a sua propriedade rural, onde as equipes da empreiteira responsável realizam o serviço de terraplanagem. Ver a obra em andamento é presenciar o progresso chegando à região onde Pedro conhece bem as necessidades.
“Essa pedreira a vida inteira não tinha carro que aguentava”, relembra sobre as diversas vezes em que o carro estragou por causa das condições da estrada. Ele conta ainda que já chegou a ficar no caminho, a noite, quando precisou sair com urgência para buscar atendimento médico. “O benefício do asfalto é muito grande. A região valorizou bastante já, agora sempre tem gente querendo comprar lotes”, emendou.
O investimento – 40 trabalhadores e, em torno de 35 máquinas, dão o ritmo acelerado à obra. Segundo o engenheiro responsável, Gustavo Rodrigues Sanchez, 20% da terraplanagem já foi executada em três meses de trabalho intenso. “Estamos tentando adiantar o serviço por conta do período de chuvas”, afirmou.
A segunda fase da pavimentação da MS-258 corresponde a 21,817 quilômetros de rodovia. Desses, aproximadamente 5 km passaram por intervenções e a expectativa é de que, até o final deste ano, 4 km já estejam pavimentados. A previsão é de que a obra seja concluída até dezembro de 2022.
Joilson Francelino, Subcom
Fotos: Edemir Rodrigues