Fluminense sai com baita vitória em estreia na Libertadores
Mesmo sem jogar bem com um jogador a mais desde o primeiro tempo, Flu consegue grande virada sobre o Millonarios na Colômbia e fica a um empate da classificação em São Januário
Não foi nem o desastre deixado pela primeira impressão, tampouco o “vareio” desenhado com a vantagem numérica. Mas foi um BAITA resultado, mesmo sem uma atuação convincente. Diante de um cenário adverso, o Fluminense deve comemorar muito a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Millonarios na noite de terça-feira na Colômbia, em um lotado El Campín (veja os melhores momentos no vídeo acima). Placar que deixa o time a um empate da classificação para a última fase da Pré-Libertadores, só não dá para varrer os problemas para debaixo do tapete.
O cartão vermelho de Sosa fez o Millonarios recuar as linhas e permitiu que os tricolores saíssem das cordas. Mas daí a dominar o jogo, como normalmente acontece com um jogador a mais, já era outra coisa. O Fluminense demorou 15 minutos para conseguir “virar” na posse de bola, e isso sem dar mais nenhuma finalização. Sem um meia em campo, o time dependia das subidas dos zagueiros para criar, foi assim que David Braz por exemplo achou Fred na área. E foi assim que o camisa 44 fez um gol de oportunismo após falha do goleiro Álvaro Montero.
Luiz Henrique teve duas chances de gol, mas não aproveitou — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC
Scout – Millonarios x Fluminense
Quesito | Millonarios | Fluminense |
Posse de bola | 43% | 57% |
Finalizações | 6 | 12 |
Chances de gol | 4 | 8 |
Faltas | 14 | 12 |
Impedimentos | 0 | 4 |
Escanteios | 2 | 6 |
Roubadas de bola | 16 | 20 |
Pelos números, o Fluminense até poderia ter saído com uma vantagem maior: foram 57% de posse de bola e o dobro de finalizações (12 a 6) e de chances reais (8 a 4). Além dos dois gols, Willian Bigode, aos 16, e Fred, aos 34, saíram na cara do goleiro no primeiro tempo – o camisa 9, porém, se lesionou na corrida e não conseguiu chutar. Na etapa final, Luiz Henrique parou em Álvaro Montero no primeiro minuto, e aos 34 tocou forte demais por cobertura e errou o alvo; Cris Silva teve um chute cruzado que o goleiro quase aceitou aos dois minutos; e uma tentativa de Cano também por cobertura aos 41.
Abel conversa com Calegari: técnico apostou no lateral como titular — Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda
Mas o Tricolor também poderia ter sofrido o segundo gol, principalmente no pênalti de Mackalister Silva defendido por Fábio aos cinco do segundo tempo, ou na bola aérea com Vargas aos 25. Dá para dizer que o resultado final foi justo, que Abel acertou ao colocar Calegari diante da má fase de Samuel Xavier, e que Fábio foi uma escolha coerente por sua experiência na altitude. No entanto, Cano ter começado esse jogo no banco quase foi um “tiro no pé” – agora ele deve ter a esperada sequência com a lesão de Fred –, e Arias daqui a pouco viajará o mundo de tanta passagem que vem pedindo.