Flamengo ativa o “modo Libertadores”
Olimpia cai na armadilha de Renato, dá espaço aos atacantes rubro-negros e paga o preço. Paraguaios reclamam sem razão do árbitro e do VAR
Depois de perder por 4 a 0 para o Internacional no último domingo, o Flamengo voltou a ser o Flamengo de Renato Gaúcho: goleador e envolvente. O trio Arrascaeta/Bruno Henrique e Gabigol decidiu na vitória por 4 a 1 sobre o Olimpia, no Paraguai, e encaminhou a classificação para a semifinal da Libertadores.
Mas não foi o Flamengo quando atua no Brasil. Renato armou o time com um estilo de marcação diferente, sem fazer tanta pressão na saída de bola do adversário. A estratégia funcionou, porque o Olimpia foi à frente e deu os espaços desejados. Aí o trio rubro-negro fez a diferença.
Bruno Henrique contribuiu com sua velocidade e duas ótimas assistências. Arrascaeta mostrou visão de jogo e capacidade de entrar na área para finalizar. Fez um gol e sofreu um pênalti. Gabigol fez o que mais sabe: gols. Um de pênalti, um de perna direita e ainda deu uma assistência para Vitinho.
– A equipe voltou a ser o Flamengo. Foi um acidente de trabalho aquele jogo (contra o Inter). A equipe voltou a jogar muito bem, criar, fazer gols e conseguimos um bom resultado nos primeiros 90 minutos – disse Renato.
Se o ataque funcionou muito bem – e teve boas chances para ampliar ainda mais a goleada – , o sistema defensivo teve alguns vacilos. No lance do gol do Olimpia, houve uma falha coletiva. No cruzamento para a área, Léo Pereira não escolheu um marcador, Isla ficou com dois atacantes e não conseguiu fazer o corte.
Talvez o lance mais emblemático da partida tenha sido a sequência em que Filipe Luís é expulso e o VAR chama para revisão um lance anterior de possível pênalti em Arrascaeta. O árbitro corrige, assinala a penalidade para o Flamengo e anula o vermelho de Filipe Luís. O jogo estava 1 a 0 para o Flamengo e poderia ter mudado de panorama.