Entenda por que Aguirre pode ser demitido do Santos
Treinador tem cinco jogos à frente do Peixe, mas não faz a equipe evoluir.
O técnico Diego Aguirre corre risco de ser demitido depois de pouco mais de um mês no Santos. Contratado no início de agosto, o treinador tem apenas cinco jogos à frente do clube, mas o suficiente para balançar no cargo.
Com a derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, na Vila Belmiro, o Santos viu o Bahia abrir quatro pontos de vantagem no 16º lugar da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O Peixe, hoje, é o primeiro time da zona do rebaixamento, em 17º lugar, mas não tem apresentado futebol para escapar da queda.
Apesar do pouco tempo desde o início do trabalho, o Santos esperava que os resultados fossem bem diferentes do que Aguirre vem conquistando. A única vitória sob o comando do treinador foi o 2 a 1 sobre o Grêmio, em sua segunda partida.
Depois, foram três derrotas seguidas: 2 a 0 para Atlético-MG e América-MG, fora de casa, e 3 a 0 para o Cruzeiro, na Vila Belmiro.
O resultado negativo diante do Atlético-MG até foi visto pelo Santos como aceitável, diante das circunstâncias – contra uma equipe claramente mais forte, na inauguração de seu estádio. O que deixou a diretoria muito insatisfeita foram as derrotas para América-MG e Cruzeiro.
Na sequência contra as duas equipes e Bahia e Vasco, adversários que o Santos ainda vai enfrentar, esperava-se três vitórias, num cenário realista: os dois jogos em casa e diante do América-MG, lanterna do Campeonato Brasileiro. Até agora, foram duas derrotas, e ainda falta o confronto direto em Salvador.
O que também tem desagradado à diretoria, além dos resultados, é a falta de evolução de desempenho do Peixe. Há um entendimento de que, na verdade, o Santos tem regredido no nível de atuação.
A apresentação na derrota por 2 a 0 para o América-MG já tinha sido vista como “inaceitável” pela diretoria. Esperava-se, então, algo diferente contra o Cruzeiro, mas piorou.
As decisões de Aguirre também são contestadas. Na última quinta-feira, por exemplo, o treinador optou por deixar Lucas Lima no banco. E o meia sequer esteve entre as três primeiras substituições feitas pelo técnico no Santos. Em campo, não se viu evolução.
As estatísticas também pioraram. Nos cinco jogos sob o comando de Diego Aguirre, foram 12 gols sofridos e só dois feitos.
O que “pesa” a favor de Aguirre é o pouco tempo de trabalho com os reforços recém-contratados. O atacante Alfredo Morelos, por exemplo, estreou nos minutos finais da derrota para o Cruzeiro. Maxi Silvera sequer entrou em campo. Júnior Caiçara, Tom