Em noite mágica, Atlético-MG goleia e põe pé na final da Copa do Brasil
Em noite de gala coletiva, Galo aplica 4 a 0 no Fortaleza e dá passo importantíssimo rumo à decisão; Simbiose entre time e arquibancada foi fundamental
Fantástico, apoteótico, avassalador, brilhante… Como encontrar uma palavra capaz de definir uma noite como essa de quarta-feira? Como descrever o gol de Guilherme Arana? E a jogada do tento anotado por Hulk? Que tal a bola emendada por Zaracho? Diante do (bom) Fortaleza, o Atlético-MG viveu nesse 20 de outubro uma noite de apresentação memorável, irretocável. Um 4 a 0 para ficar eternizado em uma temporada que tem tudo para marcar a história do clube.
O torcedor que iniciou o jogo berrando um dos gritos símbolos do time não tinha ideia de que os atletas colocariam em prática de forma tão avassaladora e fiel o cântico das arquibancadas. Insaciável, o Galo esteve em cima do Leão o jogo todo, e não parou nem mesmo quando já vencia por 4 a 0.
E olha que a primeira chance do jogo foi do Fortaleza. Com menos de um minuto de jogo, Felipe assustou em um chute da entrada da área. Lance suficiente para acender as arquibancadas e o Galo em campo. Depois do susto, veio a avalanche.
Aos 11, Réver acertou um lançamento maravilhoso para Zaracho obrigar Felipe Alves a fazer linda defesa. No escanteio, Crispim tirou em cima da linha a cabeçada certeira de Keno.
O Fortaleza ia suportando como dava, mas aos 18 minutos, quando Guilherme Arana acertou um balaço de raríssima felicidade, não houve o que fazer. Uma pintura maravilhosa, digna de aplausos de Cuca, da torcida e dos próprios companheiros. Carregado pelos colegas de time.
O Fortaleza veio a Belo Horizonte jogar de igual para igual com o líder do Campeonato Brasileiro, e saiu completamente grogue. Não dá nem para dizer que foi uma atuação ruim do time cearense. Dá sim para cravar que foi uma noite magistral do Galo.
Um show coletivo, a ponto de ser injusto destacar individualidades. Everson, Guga, Réver, Alonso, Arana, Allan, Jair, Zaracho, Nacho, Keno e Hulk. Do 1 ao 11 (uns mais, outros ligeiramente menos), todos merecem elogios pelo desempenho.