Dourados – Plantio de mudas nativas nas margens do Córrego Jaguapiru
A ação ocorre neste domingo e faz parte do projeto Nascente Viva
A Prefeitura de Dourados, através do Imam (Instituto de Meio Ambiente de Dourados), apoia neste domingo (5) uma ação de plantio de árvores nas margens do Córrego Jaguapiru, um dos afluentes do Córrego Laranja Doce. A ação tem início às 8h e faz parte do projeto Nascente Viva, que visa recuperar as margens e nascentes do córrego, além de promover a educação ambiental em áreas com populações em situação de risco socioambiental, neste caso as comunidades indígenas que vivem no entorno.
O diretor-presidente do Imam, Wolmer Sitadini, destaca a importância do apoio direto do executivo municipal, que por meio do prefeito Alan Guedes e sua equipe de governo, se colocou à disposição desde início empenhando esforços para viabilizar a ação, demandada pela comunidade indígena. Somando esforços o IMAM colocou à disposição seus técnicos e fez a doação de 300 mudas de árvores nativas da região. “O instituto apoia a ação com a disponibilização de mais de 20 espécies de mudas diferentes, entre elas estão mudas de peroba rosa, aroeira, guabiroba, cajá mirim, jabotá, entre outras. Além de dar apoio na logística e no plantio das mudas”, ressaltou.
O reflorestamento nas margens dos rios é importante, pois são as arvores que possibilitam a melhoria qualidade da água e do habitat da vida selvagem, ainda reduzem os riscos de erosão e assoreamento do rio. As árvores atuam como uma barreira de proteção evitando o transporte de sedimentos e detritos até o córrego.
A Dra. Zefa Valdivina Pereira, atuante, e uma das mentoras do projeto Nascente Viva, ressalta que a preservação da mata ciliar traz benefícios para toda a região. “É possível notar uma melhoria na conectividade dos corredores de biodiversidade, ganhos para a fauna e flora, a tendência é que com a melhoria da permeabilidade e estrutura do solo, ocorra não só a melhoria da qualidade da água, mas também o aumento da vazão do córrego, tudo com a manutenção da mata”, reforçou.
Já o professor indígena da escola municipal Tengatui Marangatu, Cajetano Vera , uns dos Coordenadores do Projeto Nascente Viva, ressalta que durante os três anos de vida do projeto, já foram plantadas mais de 2 mil arvores nativas nos arredores dos rios da região, muitas já dando frutos e produzindo sementes para novas mudas. “A continuação do plantio de árvores no córrego Jaguapiru é urgente. Pois, a área que está sendo recuperada foi deteriorada pela ação humana. Essa área era usada por indígenas e havia muitos animais roedores. É importante a recuperação rápida deste lugar, que além de devolver o ambiente de mata para aldeia, também promove a proteção do leito do córrego. Assim, os indígenas voltam a ter água limpa para beber”, contou.
O Geógrafo Cristiano Rodrigues do IMAM, aponta um diferencial único desta ação, que após reunião realizada com os moradores do entorno, resultou em um esforço coletivo, reunindo apoio da comunidade indígena, proprietários do entorno, alunos, professores de universidades, vereadores, todos em prol de um único objetivo, a recuperação ambiental das margens do córrego. “Nesta ação, um proprietário rural disponibilizou o trator, outro disponibilizou o implemento furador, conseguiram ainda a doação de mais 100 mudas, prova de que podemos todos trabalhar juntos, pois plantar arvore, é plantar água, é plantar vida, e isso atinge a todos nós como sociedade”.
Esta ação é uma realização do grupo Tempo de Plantar, da Associação de Mulheres Indígenas de Dourados, APOMS (Associação de Produtores Orgânicos de MS), Team Tarahumara Fans Running for the Planet e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), e conta com o apoio das escolas Tengatuí Marangatu e Guateca.