Dourados: Com cobertura acima da média, município deve universalizar rede de esgoto em 10 anos

Com 67% de cobertura, Dourados deve universalizar o sistema de esgotamento sanitário em 10 anos. Essa é a meta da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), segundo Madson Valente, gerente regional no município com população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 222.949 habitantes.

Parte desse serviço, atualmente são executadas obras nos bairros Residencial Monte Carlo, Santa Fé e Novo Parque Alvorada, com ampliação de 23 quilômetros de rede.

“Hoje o grande desafio do saneamento não é somente coletar e podemos garantir que todo esgoto coletado em Dourados é 100% tratado e tem destino final correto. Tem lugares no Brasil que até 30% do esgoto é devolvido à natureza in natura”, informou o gestor.

De acordo com o Instituto Trata Brasil, o índice de tratamento de esgoto é de 53,88% no Centro-Oeste, conforme o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2018, e somente 21 municípios nas 100 maiores cidades do país tratam mais de 80% dos esgotos, de acordo com seu Ranking do Saneamento 2019.

O gerente regional da Sanesul afirma que em até três anos a empresa pretende alcançar 85% de cobertura em Dourados, com mais 100 quilômetros de rede que também devem chegar ao Jardim Mônaco, ao Canaã II e IV, nas imediações do Jóquei Clube, e a parte do Parque das Nações.

Ele revela investimento de R$ 240 milhões nesse serviço, recursos oriundos do PAC 1 e do PAC 2, duas fases do Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal.

“Havia recursos do PAC 2 travados, mas a Sanesul conseguiu liberar, está tudo programado e liberado, temos aí uma previsão de liberar até mais 5 mil ligações domiciliares. Dourados está bem adiantado, com uma média de cobertura bem fora do parâmetro nacional”, detalhou Madson.

Para garantir que os dejetos produzidos pela população douradense tenham o tratamento adequado, a Sanesul dispõe de quatro estações, no Jardim Água Boa, na Vila Cachoeirinha, no Jardim Laranja Doce, e a mais recente ao à margem direita da rodovia MS-156, rumo ao Distrito Industrial.

“Nesse momento de pandemia da Covid-19, quando há ausência de saneamento potencializa a propagação do vírus. Um exemplo é a Aldeia Indígena de Dourados, pela densidade demográfica aliada à falta de saneamento. Eu acredito que pós-pandemia o olhar será muito voltado à questão do saneamento. A meta da Sanesul é universalizar todo Mato Grosso do Sul com a parceria público-privada”, destaca.

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