Cozinha pantaneira: os sabores regionais de Corumbá
Campo Grande (MS) – Dando continuidade à série de matérias que contam um pouco sobre o Turismo de Corumbá, nesta semana falaremos sobre a culinária regional da Cidade Branca. A herança cultural, aliada às tradições pecuária e pesqueira, gerou uma diversidade na gastronomia regional corumbaense. Destacamos os peixes pacu, pintado e o dourado que podem ser fritos, cozidos ou assados, além do caldo de piranha. O churrasco com mandioca e a carne seca, o tereré (erva-mate servida gelada em chifre de boi), a chipa, a sopa paraguaia, a saltenha e a bocaiúva também fazem parte da rica gastronomia pantaneira.
Entre peixes de água doce, costumes dos peões boiadeiros, tradições bolivianas e paraguaias, a comida típica de Corumbá mescla todos esses elementos com um toque bem pantaneiro. Conheça um pouco mais sobre a culinária corumbaense, considerada rica, saborosa e diversificada.
Churrasco pantaneiro: o churrasco é um dos pratos mais tradicionais do Pantanal. Ele consiste em diversos cortes de grandes peças de carne bovina, servidas em longos espetos de madeira. Quem visita o Mato Grosso do Sul não pode deixar de provar o tradicional churrasco pantaneiro. O churrasco é normalmente temperado com sal grosso e acompanhado por vinagrete, arroz branco e mandioca amarela.
Caldo de piranha: muito tradicional na cidade, o ensopado é batido com temperos e a carne de piranha. O peixe é difícil de comer inteiro por ter muitas espinhas, o caldo é a receita mais preparada deste pescado.
Macarrão de comitiva: é uma porção de macarrão frito na banha de porco, acompanhado de carne seca.
Milk shake de bocaiúva: Sabor do cerrado, típica da vegetação sul-mato-grossense é uma mistura refrescante de bocaiúva, sorvete e leite, muito refrescante para os dias de calor.
Paçoca de carne seca: compõe farinha, manteiga e carne seca.
Sopa paraguaia: bolo de fubá com queijo e cebola, herança da guerra do Paraguai, consumido essencialmente no café da manhã e no chá da tarde.
Arroz carreteiro: é um prato simples, feito com arroz e carne seca, além de outros temperos. A origem do arroz carreteiro vem das comitivas pantaneiras, que preparavam durante o transporte do rebanho. Como não se podia congelar a comida, o charque era levado no lombo de animais em baús (broacas) e se tornou fundamental na tradição da culinária do Pantanal.
Arroz boliviano: vindo da Bolívia e adaptado para a culinária sul-mato-grossense, este prato é um tipo de arroz preparado com carne moída, queijo, batata, pimentão, milho, banana da terra e vários outros ingredientes.
Chipa: é um biscoito tradicional da culinária paraguaia, semelhante ao pão de queijo mineiro, porém com consistência e sabor próprio. Em geral, o preparo de sua massa requer polvilho, óleo vegetal ou azeite de oliva, queijo ralado, ovos e sal. Após pronta a massa, os chipas são confeccionados sempre em forma de “ferradura”.
Saltenha boliviana: empanado de frango com batata e uva passa, sua massa é levemente doce.
Tereré: erva-mate servida com água bem gelada.
Sarrabulho: De origem portuguesa, o prato é típico em Corumbá e os ingredientes são à base de miúdos bovinos, azeitonas e vinho tinto, calabresa e linguiça. Em Corumbá, o sarrabulho não pode faltar em grandes festas, servido até mesmo como entrada para o tradicional churrasco de chão pantaneiro.
Peixes do Pantanal: De carne consistente, o pintado pode ser saboreado grelhado, à urucum (com creme de leite, leite de coco, molho de tomate e mussarela), ensopado com mandioca, no prato conhecido como mojica de pintado. Do pacu se comem as longas costelas fritas (ventrechas) ou assado recheado com banana da terra frita. E a piraputanga é assada na brasa e servida sem espinhas.
Pico a la macho: prato típico boliviano feito com filé frito, linguiça, cebola, azeitona, queijo e batata frita.
Carne de Jacaré: Apesar de ser considerado um prato exótico, tem uma carne branca saborosa.
Raquel dos Passos – Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS)
Fotos: Bolivar Porto