Corumbá: Prefeitura gasta mais de R$ 660 mil com serviços de buffet
Fornecimento de alimentação festiva adquirida por Iunes inclui de pipoca doce, picolés e coquetel
Não fosse a terrível situação que vivem os corumbaenses com a pandemia da Covid-19, a compra de alimentos pela Prefeitura para atender necessidades da agenda administrativa até passaria desapercebida. Entretanto, além de uma epidemia que até o início da semana havia causado 83 óbitos e contaminado 2.200 pessoas na cidade, o valor dos serviços de um buffet contratado pelo prefeito Marcelo Iunes (PSDB) causou grande perplexidade e muita estranheza: R$ 660.550 (seiscentos e sessenta mil e quinhentos e cinquenta reais).
O Diário Oficial (DioCorumbá) nº 1.985 publicou a operação, autorizada pelo Decreto 2379, de 24 de agosto. O Extrato do Termo de Homologação PP 014/2020, processo 3.760, foi assinado pelo titular da Secretaria Municipal de Governo, Cássio Augusto da Costa Marques, e pelo representante da Malo Alimentação e Serviços Ltda. O objeto da contratação descrito no DO: fornecimento de alimentação festiva (pipoca doce e salgada, picolés, lanches, marmitex e coquetel).
Um dos serviços solicitados especifica que “buffet para atendimento de 50 pessoas com fornecimento de pessoal e material necessário deverá conter: Menu: Entrada: Torradas com pastas de queijos. 01 tipo de salada de folhas e 01 tipo de salpicão. 01 tipo de carne bovina de 1ª qualidade com molho. 01 tipo de carne branca de 1ª qualidade com molho. 01/02 tipos de acompanhamentos (massa). 01 tipo de arroz. Sobremesa: 01 tipo de sobremesa (sorvete ou bolo). Bebidas: refrigerantes e água mineral de 1ª qualidade. Gelo e recipiente térmico. 01 garçom com experiência no serviço utilizando-se de uniforme condizente com o serviço realizado. Palamentas completas de buffet contendo talheres em inox, pratos de porcelana, copos de vidro para água, suco, cerveja e refrigerante”.
Disposto a conquistar nas urnas mais quatro anos de mandato, Marcelo Iunes não economiza meios para colocar seus poderes político, administrativo e financeiro a serviço do projeto de reeleição. Essa operação de compra em plena pandemia é mais um dos expedientes utilizados com suporte do dinheiro do contribuinte para oxigenar a ambição eleitoral do prefeito tucano.
