CORUMBÁ: Cidade ‘empobreceu’ e atendimento a famílias em situação vulnerável aumentou 7 vezes
O atual governo da Prefeitura de Corumbá, que é administrada por Marcelo Iunes (PSDB), não conseguiu realizar ações eficazes de desenvolvimento e dados do governo federal na área de assistência social indicam que a população passou a depender muito mais de socorro assistencialista agora em 2020, que é um ano eleitoral. Sem políticas eficazes, a população da cidade, de 110 mil habitantes, está sucumbindo em retrocesso.
Essa constatação pode ser feita com base no número de atendimentos que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Corumbá passou a ter neste ano. O CREAS, conforme a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), serve para tratar e acompanhar famílias e pessoas que já se encontram em situação extremamente vulnerável, por exemplo vivendo na linha abaixo da miséria, sem dinheiro para alimentação básica, vivendo em barracos ou na rua, ou ainda sendo vítima de violências das mais diversas formas.
Viver na linha abaixo da pobreza significa ganhar menos de R$ 16 por dia para conseguir sustentar-se, conforme especifica o Banco Mundial.
Relatório do Ministério da Cidadania, disponível em https://aplicacoes.mds.gov.br/sisc/relatorio_mu/index.php), mostra aumento em 7 vezes o número de famílias em Corumbá que precisam de atendimento emergencial por estarem vulneráveis. Em setembro de 2020, por exemplo, 1.095 famílias foram atendidas no CREAS. Em dezembro de 2016, quando o Brasil vivia uma crise econômica, esse mesmo tipo de atendimento era feito para 137 famílias.
Um outro indicativo alarmante para Corumbá é que enquanto o número de famílias que estão ficando sem moradia e com dificuldade de comprar alimentos está crescendo, os órgãos municipais que servem para prevenir a vulnerabilidade social foram cortados na atual administração. A cidade está hoje com 5 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), quando em 2016 eram 7 unidades espalhadas pelo município.
A falta de moradia é uma outra situação grave no município. O déficit habitacional está em torno de 5 mil moradias, conforme levantamento da Agência Estadual de Habitação Popular (Agehab). Nos quatro últimos anos, nenhum plano habitacional foi lançado no município.
As últimas construções de moradias em Corumbá ocorreram entre 2015 e 2016. Foram mais de 1 mil unidades habitacionais lançadas nos residenciais Flamboyant e Buriti, na administração anterior a de Marcelo Iunes. O atual prefeito tenta a reeleição neste ano.