Atlético-MG tem viagem perfeita ao Paraguai
Ainda que sem futebol vistoso, Galo alcança triunfo nos acréscimos contra o Cerro Porteño e consegue objetivos, além de descansar alguns titulares visando a final diante do América
Talvez o torcedor mais racional aponte que o desempenho do Galo diante dos paraguaios não tenha sido vistoso. Cuca rebateria, tranquilamente, falando de volume de jogo, chances criadas e a rodagem de peças. A escalação inicial trazia apenas quatro titulares (Everson, Alonso, Arana e Tchê Tchê). Nacho Fernández, peça-chave, nem entrou em campo, assim como Jair, Guga e Igor Rabello.
Keno, autor do gol, e Hulk entraram no segundo tempo e estarão em campo contra o América-MG, na final estadual de sábado.
No primeiro tempo, o Atlético criou duas chances claras de gol, com Guilherme Arana sempre perigoso no ataque, em jogada individual que culminou em defesa de Jean, e depois um lance que Eduardo Vargas (o pior em campo) demorou para finalizar.
O Cerro pouco atacava. Uma tentativa de tabela aqui, um chuveirinho ali. O Galo tinha um meio de campo sólido, com Allan bem na proteção, e Tchê Tchê essencial na saída de bola. Hyoran, apagado, poderia ter sido sacado antes – assim como o chileno da camisa 10 que, incrivelmente, ficou 90 minutos em campo.
Destaque para Marrony, que entrou na vaga de Keno e deu muito trabalho para o lado direito da defesa do Cerro Porteño. Velocidade, drible e um escape. Se antes ele foi até preterido do banco de reservas contra o América de Cali, agora, o jovem ponta esquerda provou que pode ser bem mais útil no ataque, ainda mais com peças apagadas no banco de reservas.
Cuca ainda colocou Matías Zaracho em campo, dando “minutagem” ao argentino que volta de lesão e disputará posição, muito provavelmente, com Tchê Tchê. O Atlético atinge 10 jogos de invencibilidade na temporada, pode ser campeão no fim de semana, melhor time da fase de grupos da Libertadores na terça, diante do La Guaira, e fechar o mês em alta, quando começará o Brasileirão e também a Copa do Brasil. O Galo precisará de fôlego e de todo o seu elenco.
Quem não deve voltar feliz do Paraguai é o atacante Diego Tardelli, com dor lombar. Em fim de contrato, teria uma ótima oportunidade no Nueva Olla para provar merecer a renovação, ainda mais com Vargas e Sasha no ataque, dois jogadores que oscilam, com o chileno muito presente nas linhas negativas das avaliações individuais a cada partida da equipe.