Athletico fica a um jogo do sétimo título desde 2018
Titulares agora, Santos, Thiago Heleno, Zé Ivaldo e Nikão já estavam na campanha do título três anos atrás. Athletico conquista a 31ª classificação nos últimos 39 mata-matas
O Athletico está a um jogo de conquistar seu sétimo título desde 2018. O Furacão bateu o Peñarol (2 a 1 na ida, 2 a 0 na volta) e garantiu a vaga na finalíssima da Sul-Americana para enfrentar o Bragantino. O resultado coroa um projeto de longo prazo e consolida o espírito copeiro do clube nos últimos anos.
De 2018 para cá, o Athletico conquistou a Sul-Americana de 2018, a Copa do Brasil de 2019, a J. League/Conmebol de 2019 e mais três estaduais (2018, 2019 e 2020). Além disso, o Furacão levou a melhor em 31 dos últimos 39 mata-matas nesse período.
Dos 11 que iniciaram o jogo de volta da semifinal contra o Peñarol, na Arena da Baixada, quatro já estavam no clube no título de 2018: Santos, Thiago Heleno, Zé Ivaldo e Nikão. Dois deles, inclusive, tiveram papel decisivo contra os uruguaios na quinta-feira.
Nikão abriu o placar com um chutaço no primeiro tempo e deu assistência para Pedro Rocha garantir o resultado no segundo. Entre um gol e outro, Santos defendeu um pênalti e evitou uma reação uruguaia. Os dois estão entre os grandes ídolos da história rubro-negra.
O Athletico, claro, teve saídas nos últimos anos. O clube vendeu, por exemplo, Renan Lodi, Bruno Guimarães e Rony. Mas a cúpula rubro-negra mostrou qualidade no mercado e contratou nomes como Abner, Richard e Terans, mantendo um padrão de jogo.
A final da Sul-Americana está em aberta, até por ser em jogo único e em campo neutro (no Centenário, em Montevidéu). De qualquer forma, o Athletico vai se consolidando – ano a ano – entre os grandes clubes do futebol brasileiro, com uma estrutura invejável e títulos valiosos.
E vale lembrar: garantido na final da Sula, o Athletico ainda disputa a semifinal da Copa do Brasil contra o Flamengo no final do mês. Além disso, o clube é o nono colocado do Brasileirão, com 30 pontos – apenas três atrás do G-6, o atual grupo de classificação para a Libertadores.
O diretor técnico Paulo Autuori (que tem sido também o técnico interino) destacou a importância desse projeto de longo prazo.
– É fundamental isso, embora aqui no Brasil isso pareça ser utopia. Um clube que tem uma gestão com muita convicção naquilo que faz, que vem fazendo há longos anos, é um processo. A partir do momento em que você ganha uma Sul-Americana (2018) e uma Copa do Brasil (2019), você pensa que as coisas são fáceis de realizar – falou Paulo Autuori.
– O clube, hoje, é uma potência em relação a gestão, infraestrutura e estrutura organizacional, mas, acima de tudo, de ideias. É um clube aberto. Está sempre em construção e em reconstrução. Importante que tem uma estrutura já de algum tempo e que permite, nesses momentos, seguir adiante com a mesma qualidade e a mesma competência – concluiu.
De 2018 para cá, o Athletico chegou em outras duas finais, mas acabou derrotado: para o River Plate na Recopa de 2019 e para o Flamengo na Supercopa de 2020.
A finalíssima da Sul-Americana será disputada em jogo único. A partida do Athletico contra o Bragantino está marcada para 20 de novembro, um sábado, no Estádio Centenário, em Montevidéu.