Pesque e solte é a opção de lazer nos rios Paraguai e Paraná
Os amantes da pescaria amadora já podem, desde o último dia 1º de fevereiro, praticar a atividade de pesque e solte em toda extensão dos rios Paraguai e Paraná, em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), os demais rios ainda estão na fase da Piracema, que começou em 5 de novembro de 2019 e vai até o próximo dia 28 de fevereiro, então o pesque e solte ainda está proibido. O decreto nº 15.166 atualmente em vigor, estabelece a cota zero para a pesca amadora ou esportiva desde de janeiro de 2020.
A Piracema é o período de defeso, quando os peixes sobem a correnteza em direção às cabeceiras para se reproduzir. O pesque e solte não afeta a Piracema, pois nos rios onde é liberada a modalidade em fevereiro, os peixes já haviam iniciado a subida e já fizeram a desova.
Porém, os pescadores devem zelar pelos peixes, usando anzóis sem farpas para evitar ferimentos e devolvendo os animais ao rio no mesmo local em que estavam.
Destino em potencial
Segundo Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), o Estado fortalece cada vez mais seu posicionamento como destino de pesca esportiva. “Estamos nos preparando para sermos um grande destino do turismo de pesque e solte, seguindo a tendência mundial de preservação dos rios. Os empresários também estão engajados na qualificação da oferta desse segmento”, ressalta.
Grupos de amigos, famílias e amantes da pesca têm no Mato Grosso do Sul o destino ideal para se divertir. Além dos peixes tradicionais da bacia do rio Paraná, um dos principais atrativos para a pesca esportiva é a pescaria de tucunarés. A espécie é considerada exótica e pode ser encontrada, principalmente na região de Três Lagoas, que possui infraestrutura para atender os pescadores esportivos.
Sonho de muitos pescadores, profissionais ou amadores, a pesca nos pantanais de Corumbá e Porto Murtinho é uma atividade apaixonante e ao mesmo tempo uma oportunidade de contemplar o incrível cenário do bioma.
No destino é possível encontrar infraestrutura completa como pousadas pesqueiras e barcos-hotéis com atendimento especializado de alta qualidade, onde o pescador tem toda comodidade e ainda pode passar momentos de integração com a natureza exuberante.
Pescador consciente
O Rio Paraguai é o principal polo pesqueiro, com um diferencial em relação às demais regiões tradicionais de pesca esportiva: as belezas naturais do Pantanal com mais de 1.200 km de rio, entre Corumbá e Porto Murtinho – da divisa com Mato Grosso à fronteira com o Paraguai.
“A temporada de pesque e solte de 2020 está começando e esperamos que seja maravilhosa. Torcemos para que a medida da cota zero aplicada pelo governo não seja revogada, pois o Pantanal precisa de um fôlego, já que passou muitos anos tendo captura e extração de peixes”, afirmou a empresária Joice Santana, de Corumbá.
“Esperamos que os empresários do setor – prossegue – entendam que onde tem peixe tem turista vindo, pois a pesca esportiva atrai muita gente. É só olhar para a nossa concorrência. Por que as pessoas estão indo para o Araguaia, para a Argentina e outros lugares? É porque lá tem exemplares grandes, tem boa pescaria. A pesca é um esporte. Imagina se você for praticar esqui, levar todo seu equipamento, se programar, criar expectativa e chegar no lugar e não tiver neve? É a mesma coisa com o pescador esportivo. Ele quer ver um belo exemplar de peixe, um ambiente saudável”
A empresa de Joice Santana, que tem uma das maiores estruturas para a pesca esportiva, atua há 20 anos na atividade turística e sustenta essa visão preservacionista. “Esperamos que todos tenham essa visão, para que Mato Grosso do Sul seja referência de preservação para o resto do Brasil. Por isso aderimos ao lema: pesque e solte e volte sempre”, ressaltou a empreendedora.