O máximo do Santos é pouco para evitar a goleada do Flamengo
Peixe faz boa etapa inicial, mas “comemorar” isso seria apequenar um gigante como o Peixe
O Santos foi goleado por 4 a 0 pelo Flamengo, no último sábado, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de um bom primeiro tempo, o Peixe se viu completamente entregue às forças adversárias e não reagiu a nenhum dos golpes.
Como em uma luta de boxe ou de MMA, o Santos viu seu adversário crescer, encaixar um golpe atrás do outro e só conseguia cair e se levantar – reagir, esquece. Com a derrota, o Peixe chegou a cinco jogos seguidos sem vencer, contando também Copa Sul-Americana e Copa do Brasil.
Mais do que isso: contra o Flamengo, o time comandado por Fernando Diniz foi atropelado.
Podemos (e até devemos), é claro, destacar o bom primeiro tempo do Santos. Até o intervalo e em parte do segundo tempo, o Peixe mostrou qualidades: conseguiu ter posse de bola, neutralizar as forças do Flamengo, fugir da pressão em seu campo de defesa e fazer boas triangulações.
O Peixe deu sinais de que poderia jogar de igual para igual contra uma constelação rubro-negra, formada por Filipe Luís, Diego, Arrascaeta, Gabigol… Mas isso foi muito pouco. Por que a constelação, quando resolveu jogar, acabou com qualquer chance que o Alvinegro tinha de vencer.
E o Flamengo nem parecia fazer muita força. Enquanto o Santos se desdobrava, dava carrinho, entregava o máximo que podia para só tentar igualar o adversário, os visitantes passeavam.
Foi assim que abriram o placar, ampliaram e aproveitaram duas falhas individuais do Peixe para golear na Vila Belmiro.
A noite de sábado não será para o Santos esquecer. Tem de ser para o Peixe parar e pensar se ter equilíbrio durante 45 minutos contra o Flamengo é o suficiente para um clube gigante.
Mas a verdade é que a realidade do Santos, hoje, é essa. Afundado em dívidas e numa grande crise financeira, o Peixe luta para reforçar o elenco com jogadores sem contrato ou por empréstimo e tenta se equilibrar entre austeridade e crescimento esportivo.