Skate: como prevenir e tratar lesões mais comuns
Apesar de ser considerado radical, o esporte tem menos incidências de ferimentos do que o futebol. Contudo, é fundamental ficar atento às medidas de segurança, como uso de capacete, para se proteger de lesões graves
Estreante nas Olimpíadas de Tóquio, o skate se tornou o mais recente esporte-xodó dos brasileiros. Com três medalhas de prata para o Brasil, conquistadas pelos atletas Kelvin Hoefler, Rayssa Leal e Pedro Barros, a expectativa é que o esporte de quatro rodinhas ganhe novos adeptos nos próximos anos. Contudo, como em qualquer atividade física, é importante conhecer os riscos de lesões e as melhores maneiras para preveni-las e tratá-las. Considerado um esporte radical, o skate deve ser praticado com capacete e itens de segurança que protegem o atleta de lesões graves, como concussão cerebral. Para tirar suas dúvidas sobre o tema, o EU Atleta conversou com dois especialistas: o médico do esporte e ortopedista Nemi Sabeh Júnior e o skatista profissional Raphael Índio.
Segundo Nemi, que também já foi praticante assíduo do esporte, apesar do rótulo de esporte radical, o skate conta com menos incidência de lesões do que o futebol, e a maior parte dos ferimentos nesse caso estão relacionadas a traumas ocorridos na queda, como fraturas e luxações. Lesões atraumáticas não são muito comuns.
Principais lesões e atletas que tiveram
- Fraturas e luxações no punho e nos dedos: como as sofridas no ano passado pela anglo-japonesa Sky Brown, que ganhou o bronze no Skate Park em Tóquio, na mesma queda em que teve um traumatismo craniano
- Lesões do ombro: o brasileiro Luiz Francisco, o Luizinho, quarto colocado no Skate Park em Tóquio, sofreu com uma sequência delas. Ficou boa parte de 2020 sem competir por conta disso;
- Entorse de tornozelo: como a que atrapalhou a brasileira Pâmela Rosa nos Jogos Olímpicos;
- Fraturas da costela: lesão apontada como a pior de sua carreira pelo brasileiro-americano Bob Burnquist;
- Fratura de fíbula: como a que, em 2013, tirou o campeão mundial de street Sean Malto das competições por três anos e cuja recuperação virou documentário;
- Fraturas no braço: sofrida pelo brasileiro Héricles Fagundes no Mundial de Skate Park em 2019;
- Lesões no joelho: finalista do Skate Park em Tóquio, Pedro Quintas enfrentou uma ruptura do Ligamento Posterior Cruzado que o deixou por 45 dias sem andar em 2019;
- Luxação de cotovelo: lesão sofrida pela tetracampeã mundial de skate vertical Karen Jonz, em 2017.