Dia do Pecuarista – Uma atividade altamente tecnificada
Hoje, 15 de julho, é comemorado o Dia do Pecuarista e é importante saber que esta atividade cresceu muito nos últimos anos e não admite mais amadores. Mato Grosso, que começou como atividade de colonização, se consolida a cada ano, como uma das regiões mais importantes na produção de gado de corte do mundo, com cerca de 32 milhões de cabeças.
Pecuária e tecnologia
E nossos últimos tempos, o pecuarista vem seguindo a tendência da conectividade do mercado mundial. O fluxo de informação cada dia mais rápido, hoje o produtor de gado absorve as mais variadas vertentes de tecnologia com a Internet das Coisas (IOT), uso de drones para mapeamento de pastagem, balança de pesagem 24 horas, entre outras coisas.
O mercado de leilões de gado mudou. Boa parte dos leilões são feitos de forma virtual, surgiram aplicativos para venda de animais online, novos rumos para a nutrição, enfim a pecuária vem crescendo, expandindo o comércio e trazendo divisas para o país de forma sustentável e eficaz. Dentro de novo cenário, a tecnologia e a internet se tornaram ferramentas indispensáveis para o produtor de gado moderno que tem que estar preparado para dar respostas à demanda cada vez mais exigente do mercado globalizado, principalmente com questões ambientais e bem-estar animal.
Para Celsinho Nogueira, empresário e um dos administradores do negócio familiar – Estância Nogueira Leilões
A chegada recente da tecnologia 5G representou uma grande oportunidade para a melhoria da competitividade na agropecuária brasileira, trazendo mais eficiência, controle, aumento de produtividade e redução de custos. Por exemplo, o conceito da pecuária 4.0 fornecem ferramentas e softwares que automatizam e otimizam tarefas importantes no dia a dia da propriedade, fazendo assim com que o empreendedor tenha mais tempo para se dedicar à gestão e ao crescimento do negócio. A tecnologia tem possibilitado uma integração maior entre a pecuária e o meio ambiente, através de práticas como a ILPF- Integração Lavoura Pecuária Floresta.
Mercado global da carne
O Brasil exporta carne vermelha para mais de 120 países. E hoje, a carne bovina de Mato Grosso é um produto que transmite confiabilidade, qualidade visual, gustativa, nutritiva e higiênica-sanitária. ”A nossa carne é uma das melhores do mundo, pois tem qualidade, sabor e maciez”, garante o pecuarista Francisco Manzi. Ele que é diretor técnico da Acrimat – Associação de Criadores de Mato Grosso, sente-se orgulhoso em produzir a nobre proteína vermelha que é responsável por fortalecer e movimentar a economia de brasileiros e estrangeiros.
, que conta o experiente Celso Nogueira (Pai) e também Leonardo Nogueira (irmão), esta mudança torna mais eficaz e causa menos impacto ao ecossistema dos leilões de gado comercial, pois os animais não precisam sair do seu habitat natural até o momento da entrega ao comprador. Para ele, esse modelo gera uma economia considerável em transporte, pessoal e bem-estar animal. “Nosso estado é responsável por 21% das exportações de carne do Brasil. O rebanho mato-grossense é considerado o maior do país, com mais de 31 milhões de cabeças de bovinos, e é justamente nesta cadeia produtiva que nos destacamos. Queremos e vamos avançar ainda mais, para entregar qualidade, segurança e bons negócios a todos os envolvidos (vendedor-comprador-leiloeira)“, esclarece Celsinho.
A pecuária do futuro
Com um rebanho de cerca de 32 milhões de cabeças, Mato Grosso produz carne das mais variadas formas possíveis. Animais de confinamento, animais criados a pasto, animais de origem europeia, boi japonês – o famoso wagyu, comprovando que qualidade e quantidade já temos. “A situação de exportação e ser esse grande player do mercado é muito nova, nosso Estado vem trabalhando arduamente para agregar valor ao nosso produto”, afirma Manzi.
Um Estado do tamanho de Mato Grosso os desafios são muitos e regionalizados. Os desafios enfrentados pelos pecuaristas do Pantanal não são os mesmos daqueles enfrentados pelos produtores do Vale do Araguaia, mas podemos dizer que a logística é um dos maiores problemas. “Da porteira para dentro, temos os desafios de compra de insumos, mão de obra capacitada, manejo sanitário regionalizado, manejo de pastagem para períodos de estiagem, manejo reprodutivo e estação de monta”, destaca Manzi.